30 novembro 2009


caríssimo amigo

com que emoção recebo esta lembrança;
tenho estado com nossa amizade muito presente nesses últimos dias, nesses últimos meses, nesses últimos anos...
estou sempre mirabolando alguma forma com que poderia te trazer pra essa minha terra, o juruá...
também pudera, você é uma daquelas minhas pedras angulares da mística da amizade com que faço da vida essa arte do encontro;
estou por aqui por cruzeiro;
este ano estive trabalhando junto ao ceflora e à universidade da floresta, curso de formação docente indígena;
este ano, junto ao ceflora, realizei quatro vídeos: uma ficção, dois experimentais e um documentário sobre a vida do seu antonio de paula;
tudo numa estética bem experimental, uma handycam na mão e um adobe premiere pirata na cabeça virtual;
também tudo bem coletivo, com as câmeras na mão da galera, que sai pra rua e traz as imagens pra ser trabalhada;
ainda não consegui democratizar a edição mas a gente chega lá;

pela ufac, com os indígenas, faço aulas-pesquisas com eles nas aldeias;
fiz um diário de campo audiovisual na aldeia marubo, na terra indígena do vale do javari, a terra indígena mais pirada que já conheci;
fizemos nessa aldeia uma pesquisa sobre o tsan iki, uma espécie de arte verbal entre o canto e a fala, com todo o sistema e a tradição musical de contexto;

também pela ufac, como docente de artes e produção de material didático, junto aos puyanáwa, fiz um documentário sobre o uso da música como forma possível de retomada da cultura e do idioma em espaços como escola, encontros de ayahuasca e convivência com os velhos;
voltei de lá hoje, fui levar o filme pra gente assistir;

também estou num projeto que gosto muito, um discente e velho amigo, txai ibã, grande txana dos cantos huni kuin, me fez guardião de uma série de desenhos de seu filho, o professor kleber, com quem viajei por uns dez dias pelo rio tarauacá no começo do ano;
os desenhos buscam colocar em imagens, numa estética fantástica, as mirações narradas nos cantos de ayhausca;
o ibã explica o canto, traduz e, depois, canta e o desenho vai se apresentando;
são 10 desenhos, estou no quinto vídeo;
o que é muito legal aqui é que você trabalha 95% com efeitos, o que está sendo um bom aprendizado do programa de edição;

por fim, estou no momento editando um material de um projeto muito legal, também realizado com os docentes indígenas na semana passada;
chama­-se didática intercultural;
os indígenas elaboram aulas na cultura e vão às escolas estaduais de ensino fundamental e médio ministrar essas aulas;
participei de uma aula dessas, fiz algumas boas imagens e agora estou editando;
é um projeto estimulante que merece ser virtualizado;

saibas que aqui tens um amigo;
abraço para ti
lembranças para os teus

15 novembro 2009


arte como livre-expressão

em parte, a rejeição a uma orientação em relação à apreciação da arte se deve às noções de gosto que se constituíram na história do pensamento e da estética e sua relação com os valores;
na medida que essa relação envolve o papel social da arte, isto é, a arte como política (dimensão inevitável da arte num contexto em que o design assume a função social da arte);
a 'arte' aparece como o negativo do design;

num movimento que fez convergir a 'liberdade' de apreciação estética, implicada na supressão da idéia de gosto, com certa preguiça mental e sensível, caiu-se no espontaneísmo da livre-expressão;

o salto que significou a liberação do gosto estético como padrão definido de sensibilidade e valores referentes à arte e ao homem-sociedade, resultou numa estagnação que nos fez ainda mais vítimas do mercado das subjetividades;

foi assim que as manifestações culturais e artísticas minoritárias corroboraram para fazer das artes o campo do design subjetivo, o espaço de onde se extraem o sentimento de identificação, a identidade social de uma periferia que tem direito ao acesso a bens de consumo, de excluídos que foram finalmente incluídos na sociedade através do direito ao consumo de produtos industrializados barateados pela massiva informatização das indústrias;


cultura da periferia e mercado subjetivo
como aquilo que chamamos de arte, as manifestações culturais, simbólicas de expressão se transformaram em mercado;
como a noção de raça, cor da pele, herança genética, posição social etc passaram a signos de uma subjetividade comercializada no rico mercado dos bens simbólicos;

aqui é interessante analisar o personagem de cidade de deus que representa bem essa transição, essa apropriação, essa abertura do mercado aos excluídos sociais;
o livro de paulo lins consiste num fenômeno literário e social, visto que visa reabilitar a história do tráfico (articulado à ditadura militar) como dimensão fundamental do fenômeno histórico de que resultamos contemporaneamente;
num mesmo movimento ele se torna play boy e os play boys passam a consumir os signos da periferia, da marginalidade (desde as drogas até o próprio crime);
o dinheiro não é problema: cena em que ele coloca o bolo de dinheiro na mão do boyzinho;


portanto, ao nos libertarmos da noção de gosto estético como um padrão social de apreciação da arte que pressupõe e implica um padrão de valores, uma imagem do homem e uma concepção da sociedade, aqui figurado na expressão de monteiro lobato sobre a arte modernista, não alçamos à sensibilidade de tarsila;

contra o programa de monteiro lobato (sério, positivo e propositivo), o programa dos modernistas que confundia poesia e poética, manifestação e manifesto, poema e piada;
ao assumir o que a arte tinha de manifesto, tornava manifesto seu plano de imanência;
eis o caráter libertário do modernismo, que foi apropriado mesmo sob as piores condições atmosféricas da vida política brasileira;

amor
humor


o modernismo ainda tinha um homem brasileiro em mente, mas já era uma contra-imagem do brasileiro do século dezenove;
essa contra-imagem já está esboçada em machado de assis, o primeiro artesão maduro da desconstrução do nacional;
já está em machado o jogo rodrigueano do trágico e do cômico;

entre o tom de monteiro lobato e o tom dos modernistas há alguma diferença;
monteiro lobato fala da arte com uma linguagem crítica, divorciada por completo do texto literário;
para os modernistas, todas as instâncias da vida são literárias;
por isso o contraste entre o sério (monteiro lobato ou mesmo daqueles que defendem tarsila) e o cômico (modernistas);


a experiência estética só se dará nas rebarbas, nas margens dessa produção molar de identidades com que o governo e o marcado de subjetividades se apropria da arte-cultura; buscar uma definição de arte já implica em determinar a multiplicidade de práticas provisoriamente abrigadas sob essa noção;
representação
o figurativo


A pintura não tem nem modelo a representar, nem história a contar. Desde então ela tem como que duas vias possíveis para escapar ao figurativo: seguir no sentido de uma forma pura, por abstração; ou no sentido de um puro figural, por extração e isolamento. Se o pintor tende à Figura, se ele toma a segunda via, isto será para opor o “figural” ao figurativo1. A primeira condição é a de isolar a Figura. O figurativo (a representação) implica, de fato, em relacionar uma imagem a um objeto e buscar ilustrá-lo; mas ela implica também a relação de uma imagem com outras imagens em um conjunto composto que oferece precisamente para cada um o seu objeto. A narrativa é o correlato da ilustração. Entre duas figuras, há sempre uma história que se insinua ou tende a se insinuar, para animar o conjunto ilustrado2. Isolar é então o modo o mais simples, necessário, mas não o suficiente, para romper com a representação, quebrar a narrativa, impedir a ilustração, liberar a Figura: para deter-se no fato.
Evidentemente o problema é mais complicado: será que não existiria um outro tipo de relação entre as Figuras, não narrativo, e que portanto não destacaria nenhuma figuração? Figuras diversas que levariam ao mesmo fato, que pertenceriam a um só e mesmo fato único, ao invés de remeter a uma história e de remeter a objetos diferentes em um conjunto de figuração? Relações não narrativas entre Figuras, e relações não ilustrativas entre Figuras e fatos? Bacon não parou de fazer Figuras acopladas, que não contam nenhuma história. E quanto mais os painéis separados de um tríptico têm uma relação intensa entre si, menos esta relação é narrativa. Com modéstia, Bacon reconhece que a pintura clássica buscou constantemente traçar este outro tipo de relação entre Figuras, e que é esta ainda a tarefa da pintura: “evidentemente muitas das grande obras foram feitas com um certo número de figuras sobre uma mesma tela, e é claro que toda pintura quer fazer isto… Mas a história que se conta entre uma figura e outra anula desde o princípio as possibilidades que a pintura tem em agir por si mesma. E reside aí uma dificuldade muito grande. Mas um dia ou outro alguém virá e será capaz de colocar diversas figuras sobre uma mesma tela”3. Qual será então este outro tipo de relação entre Figuras acopladas ou distintas? Chamemos esta nova relação de matters of fact, por oposição às relações inteligíveis (de objeto ou de idéias). Mesmo se reconhecemos que Bacon já tenha largamente conquistado este domínio, é sob aspectos mais complexos do que que consideramos atualmente.

deleuze, bacon

10:11
sujeito ou subjetividade
como lidar com a subjetividade?
tal como se lida com o velho objeto, a coisa em si, o sujeito transcendental ou como uma produção imaginária, um construto imaginário?

a questão da corporalidade é fundamental para desestabilizar o processo da normalidade/normalização do corpo-psique universal, da subjetividade normatizada nos processos cognitivos universalizantes que se constituíram como a imagem da subjetividade para educadores;

o corpo retorna como o plano de imanência e não mais como corpo normatizado, cognitivo, constituído numa psicogênese modelar;
tangenciando e abrindo linhas de fuga de singularidade a corporalidade recorta as práticas e processos de subjetivação;

o biopoder destaca as práticas de subjetivação pressupostas na corporalidade de uma psicogênese normativa que se fixa num sujeito transcendental, universal e normal;

se o corpo se dá aqui como plano de imanência, a subjetividade não pode persistir como produto da imaginação, ela se dá como prática, privilegiando os processos de prática subjetiva que, em lugar de nos conduzir numa normatização pela via do gosto estético, o julgamento da forma, do consenso do belo, visa liberar-nos dos contratos em torno de juízos que visam normatizar subjetividades;

a singularidade se perde ao se contrapor aos regimes de valor do universo estético;
nos alienamos e não nos mantemos em pé ao investir contra o consenso, os valores da arte;
trata-se de investir contra a palavra de ordem, contra os pressupostos que suprimem a experiência;

o corpo se torna assim um signo chave nessa consideração;
ele se torna o próprio campo de investigação;
é a partir do corpo que lidamos com sensações, perceptos e afetos;

o biopoder consiste numa dimensão fundamental das máquinas sociais que promovem a normalização conforme definida por foucault;
ele vai desde o tratamento com o corpo e as imagens do corpo, passando pelas teorias humanistas que propõem a abordagem da subjetividade via corpo, tais como as psicanalíticas ou pedagógicas a respeito da psicogênese (da subjetividade) do infantil;

portanto, trata-se de um problema político, já que a tendência da arte é nos conduzir para o corpo e contrapor o biopoder, a assumir nosso processo de subjetivação contrapondo a subjetivação da publicidade, dos mass mídia;
antes do problema individual da subjetividade, refere-se sobretudo ao problema coletivo, o problema de nossas máquinas de enunciação coletiva;

e no caso de admitirmos que somos reféns de processos coletivos de modelização coletiva que entram em conflito com os mais básicos princípios (não falo de valores, ainda) que se possam estabelecer para a apropriação da subjetividade no contexto da educação e do ensino escolar;


09:11
sempre que tento pensar o estruturalismo, como conceito ou movimento do pensamento, absolutamente, caio num vazio de referências, como se nunca o tivesse captado ou como se tivesse esquecido do que se trata;
no entanto, posso retoma-lo imediatamente quando o percebo como um conceito relativo, que só tem sentido a partir dos conceitos totalizantes, absolutizantes que marcam a filosofia, o pensamento ocidental, imagem etnocêntrica do pensamento como pratica política, que vão desde deus até a história;
o estruturalismo se destaca dessa utilização da história como última grande figura do transcendental;
portanto, tomar o estruturalismo, ou mesmo a antropologia, como nova figura do transcendental consiste num equívoco compreensível;
trata-se de tomar esse pensamento numa seqüência, numa linearidade típica da imaginação historicista;
no entanto, o movimento ou imagem do pensamento proposta por essa antropologia remete à outra dinâmica, na qual os próprios pressupostos do pensamento que a originou sejam postos à vista;

em lugar do movimento de transcendência que relaciona o conceito e o pensamento ao absoluto, os conceitos passam a se referir numa dinâmica relacional, tal como a lingüística passa a conceber a linguagem e o sentido;

caosmose
pelo menos três tipos de problemas nos incitam a ampliar a definição da subjetividade, de modo a ultrapassar a oposição clássica entre sujeito individual e sociedade e, através disso, a rever os modelos de Inconsciente que existem atualmente: 1) a irrupção de fatores subjetivos no primeiro plano da atualidade histórica, 2) o desenvolvimento maciço de produções maquínicas de subjetividade e, em último lugar, 3) o recente destaque de aspectos etológicos e ecológicos relativos à subjetividade humana;

[...]
a consideração dessas dimensões maquínicas de subjetivação nos leva a insistir, em nossa tentativa de redefinição, na heterogeneidade dos componentes que concorrem para a produção de subjetividade, já que encontramos aí: 1. componentes semiológicos significantes que se manifestam através da família, da educação, do meio ambiente, da religião, da arte, do esporte; 2. elementos fabricados pela indústria dos mídia, do cinema, etc; 3. dimensões semiológicas a-significantes colocando em jogo máquinas informacionais de signos, funcionando paralelamente ou independentemente, pelo fato de produzirem e veicularem significações e denotações que escapam então às axiomáticas propriamente lingüísticas;

[...]


a subjetividade não é fabricada apenas através das fases psicogenéticas da psicanálise ou dos "matemas do inconsciente", mas também nas grandes máquinas sociais, mass-mediáticas, lingüísticas, que não podem ser qualificadas de humanas;

[...]
atualmente não se podem dissociar as teorias do inconsciente das práticas psicanalíticas, psicoterapêuticas, institucionais, literárias etc, que a elas se referem;
o inconsciente se tornou uma instituição, um "equipamento coletivo" compreendido em um sentido mais amplo;
encontramo-nos trajados de um inconsciente quando sonhamos, quando deliramos, quando fazemos um ato falho, um lapso...
incontestavelmente as descobertas freudianas - que prefiro qualificar de invenções - enriqueceram os ângulos sob os quais se pode atualmente abordar a psique;
portanto, não é absolutamente em um sentido pejorativo que falo aqui de invenção!
assim como os cristãos inventaram uma nova fórmula de subjetivação, a cavalaria cortês, e o romantismo, um novo amor, uma nova natureza, o bolchevismo, um novo sentimento de classe, as diversas seitas freudianas secretaram uma nova maneira de ressentir e mesmo de produzir a histeria, a neurose infantil, a psicose, a conflitualidade familiar, a leitura dos mitos, etc...
o próprio inconsciente freudiano evoluiu ao longo de sua história, perdeu a riqueza efervescente e o inquietante ateísmo de suas origens e se recentrou na análise do eu, na adaptação à sociedade ou na conformidade a uma ordem significante, em sua versão estruturalista;

na perspectiva que é a minha e que consiste em fazer transitar as ciências humanas e as ciências sociais de paradigmas cientificistas para paradigmas ético-estéticos, a questão não é mais a de saber se o inconsciente freudiano ou o inconsciente lacaniano fornecem uma resposta científica aos problemas da psique;
esses modelos só serão considerados a título de produção de subjetividade entre outros, inseparáveis dos dispositivos técnicos e institucionais que os promovem e de seu impacto sobre a psiquiatria, o ensino universitário, os mass mídia...
de uma maneira mais geral, dever-se-á admitir que cada indivíduo, cada grupo social veicula seu próprio sistema de modelização da subjetividade, quer dizer, uma certa cartografia feita de demarcações cognitivas, mas também míticas, rituais, sintomatológicas, a partir da qual ele se posiciona em relação aos seus afetos, suas angústias e tenta gerir suas inibições e suas pulsões;

[...]

que processos se desenrolam em uma consciência com o choque do inusitado?
como se operam as modificações de um modo de pensamento, de uma aptidão para apreender o mundo circundante em plena mutação?
como mudar as representações desse mundo exterior, ele mesmo em processo de mudança?
o inconsciente freudiano é inseparável de uma sociedade presa ao seu passado, às suas tradições falocráticas, às suas invariantes subjetivas;
as convulsões contemporâneas exigem, sem dúvida, uma modelização mais voltada para o futuro e a emergência de novas práticas sociais e estéticas em todos os domínios;
a desvalorização do sentido da vida provoca o esfacelamento da imagem do eu: suas representações tornam-se confusas, contraditórias;
face a essas convulsões, a melhor atitude consiste em visar ao trabalho de cartografia e de modelização psicológica em uma relação dialética com os interessados, os indivíduos e os grupos concernidos, quer dizer, indo no sentido de uma co-gestão da produção de subjetividade, renunciando às atitudes de autoridade, de sugestão, que ocupam um lugar tão destacado na psicanálise, a despeito de ela pretender ter escapado disto;

guattari
caosmose



oi!!!


sábado agora eu fui num festival que rolou no playcenter e quase fiquei doida...os hematomas começaram aparecer hoje...entre as bandas estavam simplismente primal scream, sonic youth e iggy pop & the stooges...o melhor show, musicalmente falando, foi do sonic, os caras tocam igualzinho aos discos, impressionante;
o primal tocou apenas duas músicas mais legais, agora o do iggy foi o melhor em termos de espetáculo;
o cara é totalmente maluco da cabeça! estava na frente junto a grade; o cara começou a chamar a galera para subir no palco e tudo virou uma zona, os seguranças enlouqueceram, não sabiam o que fazer...depois que conseguiram tirar todos do palco debaixo de porrada e tudo finalmente se acalmou, o maluco decide descer do palco e ir para a galera.
quando eu vi o cara vindo na direção que eu estava eu não acreditei! ele parou na minha frente, estendi a mão e não é que o cara pegou na minha mão tão forte...eu não estava acreditando... saruê apertou a mão de iggy pop...pode parecer banal mas foi emocionante, confesso! já não bastasse isso, o cara simplismente subiu na grade e se jogou por cima da gente...as pessoas não acreditavam...os seguranças do evento não sabiam o que fazer com ele pois o cara estava curtindo a situação, afinal ele sempre faz isso nos shows dele; os seguranças particulares dele não estavam nem aí, já estão acostumados com o maluco e não faziam nada; resumindo, foi intenso, divertido, inesquecível; os briquedos do parque estavam funcionando e a entrada era free...fui nos carrinhos bate-bate, show da monga...foi muito bom! chega de falar...não aprendo que mail é para uma coisa rápida e não para escrever uma carta...sou das antigas, não adianta;
fique bem e dê sinal de vida para essa sua amiga aqui de baixo;

07 novembro 2009


valeu

gostei desse email-abraço caloroso;

tua presença é forte;

sigo brincando de fazer filmes com minha handycam e o premiere pirata que um amigo, fera da edição, me passou junto com os primeiros toques;

esse ano já foram 1 ficção (20 min.), dois experimentais e um documentário (40 min.) sobre a história do velho seringueiro, seu antonio de paula, todos com a mesma equipe;

e mais, um diário de campo pesquisando a música na terra indígena do vale do javari e um mini-documentário (20 min.) sobre os usos da música entre o puyanawa;

agora estou no quarto dos doze pequenos filmes (7 min. aprox.) que estou fazendo com o txai ibã;

são doze músicas do cipó cantadas e explicadas por ele e desenhadas por seu filho, cleber, um ótimo desenhista de mirações;

são trabalhos experimentais que me estão servindo de escola;

e, por fim, parece que curto muito o processo, sem me importar tanto com o produto;

pelo menos por enquanto;

certo que eu aviso quando estiver por perto;

até o nosso próximo filme;

abs


se pudéssemos recuperar para a sociedade humana a natural confiança das crianças nos adultos, essa seria a maior conquista da inteligência, operando no amor, jamais imaginada;


árvore do conhecimento, humberto maturana