04 dezembro 2009

na escola puyanawa...












Amigos, é com muita alegria que anuncio a chegada de algo muito importante para mim nesse momento, o CD que acabei de realizar, "Linguagem dos Pássaros". Esse trabalho tem o sabor de uma conquista muito especial por traduzir uma trajetória de vida e amadurecimento, sendo agora a oportunidade de partilhar com todos o sumo do meu espírito, o que trago de melhor na minha alma, através da poesia, da música e do meu canto.
E falando em canto, dia 19 de Dezembro faço um show de lançamento do CD, a convite da prefeitura da minha cidade, em Praça Pública (veja detalhes abaixo). Quem puder estar junto será muito bem vindo para festejarmos esse momento, o ano que se finda, o próximo que começa: um presente de Natal. E por falar em Natal, o CD "Linguagem dos Pássaros" é um bom presente pra deixar muita gente mais feliz, façam seus pedidos que agora é com vocês...rsrs... afinal, nada disso seria possível sem a presença de muitos amigos queridos que se somaram ao projeto, com o coração pulsando forte, torcendo para vê-lo se realizar. A todos vocês e ao Universo a minha sincera gratidão e um alegre e Próspero Natal.






“Linguagem dos Pássaros” é um álbum de Música Popular Brasileira mas ao mesmo tempo não tem pátria, é barulho d’água com baixo de pau, kalimbas e trompas, mistura de luz e guitarras, uivos de cordas e ventos, sopros de alma, batuques de coração, imagens de melodias, timba, samba, jazz e soul. Uma fusão que brinca com os ritmos de outros cantos do mundo. É o som da minha gratidão a todos aqueles que fizeram de tudo para esse canto acontecer e voaram comigo.

pedidos: neizigma@musician.org

de fato, o verdadeiro é o que é conhecido pelo intelecto por meio de demonstrações e provas, que permitem deduzir um particular de um universal (dedução) ou inferir um universal de vários particulares (indução) por meio de conceitos e leis;
o belo, ao contrário, tem a peculiaridade de possuir um valor universal, embora a obra de arte seja essencialmente particular;
em outras palavras, a obra de arte, em sua particularidade e singularidade única, oferece algo universal – a beleza – sem necessidade de demonstrações, provas, inferências e conceitos;

quando leio um poema, escuto uma sonata ou observo um quadro, posso dizer que são belos ou que ali está a beleza, embora esteja diante de algo único e incomparável;
o juízo de gosto teria, assim, a peculiaridade de emitir um julgamento universal, referindo-se, porém, a algo singular e particular;

chauí, o mundo das artes

a ciência humana seria isso: a pesquisa do máximo denominador comum – as estruturas elementares disso e daquilo, a gramática universal, o simbólico...
para continuar com a alegoria aritmética, contraponho, a isso, a determinação do mínimo múltiplo comum – o que permite multiplicar as coisas ao invés de dividi-las, para chegar a uma quantidade que é, necessariamente, mais pobre que aquela manifesta em cada cultura particular;
quando se comparam as culturas para descobrir o que têm 'em comum', observa-se, via de regra que o que elas têm em comum é menos rico que aquilo que constitui sua especificidade, pois as zonas de superposição são mais restritas;
isso corresponde à idéia de que a natureza humana deve ser menor, em termos de extensão, de riqueza, que as culturas, pois a natureza é apenas aquilo que temos 'em comum';
isso supõe uma concepção da relação (da relação em geral) como algo que é compartilhado pelos termos da relação;
uma relação social seria constituída apenas por nossos pontos em comum: somos todos homens, somos todos democratas etc;
é por meio dessa comunidade que nos comunicaríamos;
penso que há outras formas de conceber as relações;
os índios da américa têm, por exemplo, uma metafísica da relação que é completamente distinta da nossa;
não é porque se tem algo em comum que se comunica, mas porque, sendo diferente, tem-se interesse em ter uma relação com outra coisa que não nós mesmos;

evc: 93

02 dezembro 2009

http://lencodeseda.blogspot.com/



Trabalhos relacionados à temática indígena realizados por alunos da Escola Municipal Virgínia de Souza Reis e da Escola Estadual Capitão Egídio Lima orientados pelas professoras Maria Helena Monteiro e Luiza Flor.

mesa Filmar sociedades indígenas

Wednesday 18 November, 2009



Adrian Cowell, Vincent Carelli, Ibã Hunikuin e Ruben Caixeta



Vincent Carelli falando da experiência do Vídeo nas Aldeias



A Pajé Filmes recebeu ontem a ilustre presença de Isaias Sales Ibã. Ibã, da etnia Huni Kui (Kaxinawá) do Acre, veio a Belo Horizonte para participar de um evento de pesquisa do Literaterras. Aproveitando a ocasião, o convidamos para conhecer a Pajé Filmes. Seu filme "Huni Meka - os cantos do cipó" foi exibido na I Mostra Pajé de Filmes Indígenas.
Ibã é parte de uma linhagem de cantores da tradição kaxinawá (seu avô e seu pai eram cantores e agora ele mesmo transmite a seus filhos a força do canto). E foi pelo canto que ele prestou uma homenagem à Pajé. Numa espécie de batizado para nós, Ibã, que disse se sentir em casa em nosso espaço, cantou "Nîhêwã Puskenê", que quer dizer "a floresta estremece", cuja letra é: "árvore grande/com folhas novas/vem um vento forte/leva as folhas velhas, secas/deixa as folhas novas".


Para assistir ao vídeo com o canto de Ibã na Pajé, acesse o link:
http://www.youtube.com/watch?v=u5jtSWtnqv0