08 dezembro 2010

do blog Tapecuim

"comessei ver no horizonte uma frecha de luz desse mundo maluco de informaçâes que é a internet. um dia alcansarei. è, um dia!"
Reginaldo Xakriabá (mensagem de e-mail recebida em 22/05/2007)




: quando a mente passa a fazer rizoma com o hipertexto multimidia da rede em imagens, sons, audiovisuais... 
 aula 1


prólogo (ou a quebra da afasia)


saudações senhor@s

nossa aula tem como tema 'a música e a dança como manifestações artísticas indígenas';
faremos uma abordagem das pesquisas indígenas nessa área;


quando a gente começa a estudar antropologia, passa a a ter uma certa noção de ética discursiva, passa a perceber a importância de se revelar ou desvelar o lugar de onde estamos falando;
é por isso que optei por iniciar com uma breve contextualização metodológica, em que vou tratar de onde vem nossa abordagem do tema proposto;


contextualização metodológica (l)

quero começar falando sobre a sociedade, a nossa sociedade; 
nossa idéia de sociedade pressupõe a unidade, uma homogeneidade que se constitui pela história, pela língua, pela cultura, enfim, por todos esses operadores de unificação;
nossa identidade como indivíduo social (essa outra ficção) se constitui em pressuposição recíproca com esses operadores;
partimos portanto de que a noção de sociedade se deduz de uma certa homogeneidade, construída em função dessa homogeneidade;
é a partir dessa noção de sociedade que traçamos a idéia de uma civilização;
a civilização que deve civilizar os bárbaros, os selvagens;
civilizar (ou amansar) os bárbaros (à força) equivale a reduzir a diferença à identidade, o outro ao mesmo;
isso explica, de certa forma, por que ainda hoje em muitas aldeias, falar de educação equivale a praticar a catequese ou trabalho missionário;