29 agosto 2011

16 agosto 2011

11 agosto 2011

Neste mundo, nada é mais maleável e frágil quanto a água. Contudo, ninguém, por mais poderoso que seja, resiste à sua ação. Não é bastante claro que a flexibilidade é mais eficaz que a rigidez? No entanto, poucos agem de acordo com essa convicção.
lao tse, tao te king






começa a viagem

pelas infinitas possibilidades de textura
dos corpos das árvores  
linhas que contam histórias
linhas que inscrevem o tempo em sua majestosa passagem
que gravam a memória em corpos
cujas veias simulam o fluxo das águas rasgando a terra
contornando obstáculos
destino das águas
força e sabedoria vegetal na qual medita o artista
que esculpe sua história
que escava sua memória
e, de lá, traz á luz lembranças fossilizadas
que são suas quanto são de outros homens
e mulheres
que sofrem a mesma sina do humano
em seu ofício
e escavando chega perto do coração da terra
âmago da estrela
de onde escapam os raios   
que ele transforma
em arte
em vida

04 agosto 2011

vozes da floresta

O Projeto Rainforest Voices: music and life of an amazonian people foi a realização de um sonho antigo de dois amigos: Thiago Carvalhaes e Roberto Rezende. Ao ouvirem as primeiras informações sobre a Reserva Extrativista do Alto Juruá, em 2003, eles se interessaram sobre a vida e a história dessa população da Amazônia e passaram a estudar o material que havia sido produzido sobre ela. Em 2006, Roberto realizou uma viagem para a Reserva e, com um gravador de mão, registrou algumas canções dos moradores. Ali nascia a proposta de um dia voltar para lá com equipamentos de gravação de áudio de alta qualidade e produzir um CD com as músicas tocadas pelos seringueiros.
Em 2009, o South-South Exchange Programme for Research on the History of Development (Sephis) aceitou apoiar o projeto, que previa, além da gravação do CD, a publicação de um pequeno livro que o acompanhasse, contando um pouco a história da região através das vidas individuais e das expressões artísticas dos músicos do Alto Juruá.
Entre julho e agosto de 2010 foi realizada uma viagem de campo para gravação e entrevista com parte dos músicos da Reserva Extrativista do Alto Juruá. A equipe de trabalho foi composta, além de Thiago Carvalhaes e Roberto Rezende, por Antonio Barbosa de Melo, conhecido como Roxo e seringueiro e pesquisador da Reserva há mais de dez anos, e também por Hilarino Nogueira, morador da Reserva e conhecedor profundo de todas as regiões da Reserva, pois trabalha há anos como piloto de embarcações.
As viagens pela Reserva Extrativista devem ser feitas de canoa, pois os rios são estreitos. Assim, pequenas distâncias podem levar horas para serem percorridas, pois é preciso seguir o leito dos rios. Nossa equipe passou um mês visitando cada comunidade onde se tinha notícia de um músico. Por questões de tempo, as gravações eram feitas no dia seguinte à chegada da equipe na casa dos músicos. Como não há telefones nem internet na maior parte das comunidades, muitos músicos souberam da nossa presença na Reserva pouco tempo antes de chegarmos em suas casas, mas mesmo assim aceitaram corajosamente gravar suas canções sem ter o tempo prévio necessário para ensaiar. 
No total foram registradas cerca de 300 músicas, com a participação de 27 músicos da Reserva. Os equipamentos utilizados para as gravações foram um gravador portátil Zoom h4n, um jogo de microfones Audio-Technica (4040 e 4041) e um microfone Behringer XM-8500.
Para a edição do material de áudio e produção do livreto foram utilizados apenas softwares livres: sistema operacional Ubuntu, editores de áudio Audacity e Traverso, editor de texto OpenOffice Writer, diagramador Scribus, Quantum GIS e editor de imagens Gimp.

03 agosto 2011

Rede Povos da Floresta 

Iskubu Huni Kuin (no registro Wander Sereno da Silva), 24 anos, que vive na Aldeia Jacobina, é um legítimo representante dessa etnia e contou para a Rede Povos da Floresta (RPF) os projetos que têm envolvido todos de sua comunidade.

Ele, que foi escolhido como monitor no treinamento dado pela RPF, está entusiasmado com a implantação dos Pontos de Cultura. "A oportunidade de registrar as festas, músicas, danças e paisagens da floresta é um passo muito importante no processo de resgate e fortalecimento da cultura das aldeias", explica.

foto: alice fortes

01 agosto 2011


O planetário fica instalado no 5° andar do Espaço Tim UFMG do Conhecimento. Com capacidade para 60 pessoas, é composto por um projetor Skymaster ZKP4 e um sistema de projeção digital Spacegate Duo, produzidos pela empresa alemã Carl Zeiss. Tais equipamentos permitem a projeção de imagens por meio de fibra ótica, que dá tratamento visual individualizado a cada uma das estrelas reproduzidas, dotando-as de maior brilho, nitidez e precisão.
Os equipamentos, os mais avançados e inovadores do gênero, permitem ainda a transformação do planetário em um espaço multimídia, com ambiente de imersão total. Assim, a cúpula pode ser usada tanto para as tradicionais projeções astronômicas quanto como suporte para a projeção filmes em formato fulldome.