30 janeiro 2010


a cena do filme é, certamente, inspirada nessa foto;

pollock ainda pinta suas telas expressionistas;

ao acaso, derrama tinta no chão, ao lado do pé;

quando vê e percebe o que vê, passa a lançar as linhas de tinta pela tela;

o entre é o que interessa;

o que se passa entre;

o poder da repetição gerar ou mover a diferença;

entre uma obra e outra, entre uma composição e outra, entre uma aula e outra, entre um curso e outro somos atravessados por esse entre;


besteira agora, querer buscar o a mais da obra em sua aura ou o que o valha;

não se trata de mística, de fetichizar a obra;

a obra é um portal que possibilita a travessia;

o que interessa é a travessia;


envelhecer em arte, em seu duplo sentido, ainda é um problema;

estagnar-se é usar a repetição contra si, absorver a diferença em favor da repetição estéril (por falta de um nome melhor);


por aí vai...


foto de martin munkacsi (1929)
olá

este é o endereço em que estamos compondo nosso blog com as atividades do curso;
gostando, divulguem e ponham no marcador
abs
amilton e turma
http://www.fotoperspectivas.blogspot.com/
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29 janeiro 2010


do ensaio beleza acreana...
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aula peripatética por czs...




as primeiras fotos...

20 janeiro 2010


novo blog do curso de fotografia do protejo/ceflora

fotoperspectivas

14 janeiro 2010


Mostra Kene: A arte do desenho indígena

Conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poderá compreender a relatividade dos valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer abertura à riqueza e à diversidade da imaginação humana. Além disso, torna-se capaz de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo objetos e formas que estão à sua volta, no exercício de uma observação crítica do que existe na sua cultura, podendo criar condições para uma qualidade de vida melhor.

(BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Fundamental: Artes. Brasília: MEC /SEF, 1997.)

Kenes é como os povos indígenas da família lingüística pano denominam seus desenhos, os grafismos que marcam sua pele e seu artesanato.

Entre os huni kuin (kaxinawá), esses grafismos foram trazidos da natureza pelas mulheres que aprenderam a tecelagem do algodão. Conta-se que a Jibóia que trouxe esse conhecimento para uma das tecelãs huni kuin.

Tido como um patrimônio da cultura regional, realizamos essa mostra como resultado das atividades da disciplina Fundamentos do Ensino da Arte.

Turma do 6° período de Pedagogia e

Professor Amilton Pelegrino de Mattos









04 janeiro 2010


as micropercepções, ou representantes de mundo, são essas pequenas dobras em todos os sentidos, dobras em dobras, sobre dobras, conforme dobras, um quadro de hantai ou uma alucinação tóxica de clérambault;

são essas pequenas percepções obscuras, confusas, que compõe nossas macropercepções, nossas apercepções conscientes, claras e distintas: uma percepção consciente jamais aconteceria se ela não integrasse um conjunto infinito de pequenas percepções que desequilibram a macropercepção precedente e preparam a seguinte;


[...]

como uma fome sucederia a uma saciedade, se mil pequenas fomes elementares (de sais, de açúcar, de gordura, etc) não se desencadeassem de acordo com ritmos diversos, desapercebidos? inversamente, se a saciedade sucede a fome, isso acontece pela satisfação de todas essas pequenas fomes particulares;

as pequenas percepções são não apenas a passagem de uma percepção, como são também os componentes de cada percepção;


deleuze, a dobra
http://www.intermidias.com/txt/ed8/De.pdf

Fui transportado num segundo para as cenas de Madadayo, o filme de Akira Kurosawa. Um professor que vivia cercado, anos após anos, pelos seus alunos e alunas. E eles sempre lhes perguntavam se ele estava pronto para partir, para morrer. E ele sempre dizia “ainda não” (madadayo). Uma das cenas finais é sua morte e a reminiscência de uma cena de infância, na qual brinca de esconde-esconde e um dos garotos pergunta se já está pronto e ele diz: “ainda não”.
Tudo isso é um artesanato existencial. Então, posso entender porque os adultos, inclusive muitos educadores, costumam ter uma visão enfadonha ou utilitária do brincar. Vivem no espaço-tempo da ausência: uma interioridade absoluta (um monólogo interior infindável) que os aprisiona e os impede de viver na intimidade do fora (Blanchot). Uma exterioridade sem experiência e uma experiência sem contato com o corpo e o entorno.
Num minuto, uma das meninas me viu: minhas costas haviam me denunciado. Como dizem Deleuze e Guattari: “Haverá sempre uma percepção mais fina do que a sua, uma percepção do seu imperceptível…”
garrocho - cultura do bincar