20 maio 2007

rever o filme é uma experiência estranha, gosto das imagens, mas vejo muitos defeitos de continuidade, de narrativa; o interessante é que a maior parte das pessoas não percebe esses problemas técnicos e pode ver o filme mais por seu conteúdo; aí os elogios são muitos, as pessoas que puderam assistir ao filme ficaram encantadas;

emilson iniciou contando a experiência de produção do filme;

gerson iniciou com uma desconstrução do que entendemos por fronteira; acho interessantes as pontes que ele tem estabelecido entre seu marxismo de historiador e a antropologia; foi fazendo uma desmontagem histórica das fronteiras como marcos naturais, para fazer surgir a fronteira criada pelo homem na delimitação de seu território, pra chegar então à fronteira simbólica, referida no filme, de sentido metafórico; desta, inicialmente, ele beirou a fronteira;

foi delineando então o perfil monológico do estado que tem por fim integrar múltiplas culturas numa mesma ideologia institucional sob a idéia da nação e do nacionalismo;

o estado com esse seu perfil homogeneizador servirá de contraponto dialético perfeito para a exposição do multiculturalismo;

depois, em sua análise antropológica, via Bhaba e sua antropologia pós-colonialista, enveredou pelas características do homem pós-moderno, ou seja, depois que o estado já cumpriu a função de unificar o mercado global, o homem pós-moderno tem o direito à multiculturalidade;

o que interessou bastante foi que ele se referiu ao lixo humano, chamando a atenção para o caráter discriminatório e marginalizante do supercapitalismo do mercado global informatizado;

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