13 maio 2007

o pensamento que predomina no século dezenove, para universalizar sua realidade econômico-política de revolução industrial, assume radicalmente um caráter doutrinário, daí advém nosso desenvolvimentismo obsessivo, ensinado nas igrejas e nas escolas;

esse pensamento insiste no velho par opositivo evolução/atraso, associado à técnica, à tecnologia, que lhe serve de critério, de aval para atestar sua superioridade desenvolvimentista;

esse critério de valor é típico de nossa sociedade ocidental, cuja retórica evolucionista servirá como instrumento político-jurídico para dominar e explorar os grupos que se encontrassem à margem da suposta unidade transcendental evoluída da sociedade européia, resultado do enxerto das tradições judaico-cristã e greco-romana;

contra um discurso tão unidimensional e conservador, numa realidade tão desigual (brasil), em que mesmo o capitalismo, essa doutrina da desigualdade, se mostrava desconfortável dada a estrutura colonial governada pelas oligarquias, a qual deveria ser encaixada na retórica liberal, o que o movimento sociais utilizaram, não só no acre como no brasil, foi a boa e velha retórica marxista;

no contexto em que surge a antropologia, não havia, à disposição, instrumentos políticos de manifestação e seus respectivos espaços de expressão (hoje haverá...?);

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