05 abril 2007

devir segreto3

o devir segredo

o que se tem em mãos que guardam segredos está próximo do que e chama devir segredo;

segundo o devir segredo, este, ao se revelar, deixa de ser segredo, não sendo, portanto, identificável na dinâmica do ser, constituindo-se como um devir específico;

esse devir aproxima-se da lógica do desejo, que tende, no pensamento da explicação, a confundir-se com seu objeto, perdendo seu caráter de devir;

dessa forma o segredo, por definir-se como devir, tende a escapar do pensamento objetivo;

é nesse quid pro quo que em muitas estórias envolvendo partidários dos dois pensamentos, os índios levam a pecha de mentirosos sem que se dê conta dos sistemas diversos de instauração de verdades;

nesse sentido, o ensaio de levi-strauss, o feiticeiro e sua magia, é um marco na antropologia e em sua carreira;

por elaborar-se na dinâmica de fractal, a imagem não possui o fundo que marca a reificação, o estancamento do sentido;

essa lógica do devir, devir segredo, constitui-se na superfície da pele, subvertendo a contraposição interior/exterior do segredo reificado;

esse segredo se define pelo movimento, por estar sempre escapando, por não ser capturável;

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