o devir segredo
o que se tem em mãos que guardam segredos está próximo do que e chama devir segredo;
segundo o devir segredo, este, ao se revelar, deixa de ser segredo, não sendo, portanto, identificável na dinâmica do ser, constituindo-se como um devir específico;
esse devir aproxima-se da lógica do desejo, que tende, no pensamento da explicação, a confundir-se com seu objeto, perdendo seu caráter de devir;
dessa forma o segredo, por definir-se como devir, tende a escapar do pensamento objetivo;
é nesse quid pro quo que em muitas estórias envolvendo partidários dos dois pensamentos, os índios levam a pecha de mentirosos sem que se dê conta dos sistemas diversos de instauração de verdades;
nesse sentido, o ensaio de levi-strauss, o feiticeiro e sua magia, é um marco na antropologia e em sua carreira;
por elaborar-se na dinâmica de fractal, a imagem não possui o fundo que marca a reificação, o estancamento do sentido;
essa lógica do devir, devir segredo, constitui-se na superfície da pele, subvertendo a contraposição interior/exterior do segredo reificado;
Marcadores: antropologia, filosofia
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