21 agosto 2009



criamos ao menos um conceito muito importante: o de ritornelo; para
mim, o ritornelo é esse ponto comum; em outros termos, para mim, o
ritornelo está totalmente ligado ao problema do território, da saída ou
entrada no território, ou seja, ao problema da desterritorialização;
volto para o meu território, que eu conheço, ou então me
desterritorializo, ou seja, parto, saio do meu território?
(deleuze, 1997)


para falar do território, conceito central para o problam do espaço, faço rizoma com a noção de ritornelo, conceito que sintetiza o pensamento territorial;
o que nos interessa nesse conceito é sua relacionalidade, pois não se trata de território sedentário, no qual os estados criam a sua imagem da subjetividade homogênea;
não se trata de dizer território é isso ou ritornelo aquilo;
trata-se de entender e se apropriar do território como campo de relacionalidade;
nosso dicionário mapeia um campo de relacionalidades e não define verdades universais;
esse conceito de ritornelo é fundamental para dar ao ator um instrumento para imaginar a subjetividade como esse espaço da relacionalidade subjetiva;
por isso não se trata de imitar, trata-se de devir;
a subjetividade como território não existe em si, ela consiste de relações;
não pode ser explicada, positivada;
o ritornelo nos fornece essa dinâmica do devir, nos proporciona escapar às falsas verdades universais, mas, mais importante, nos proporciona escapar à imagem da verdade, ao regime de verdade criado por nossa cultura etnocêntrica;
o ritornelo comandará assim todos os processos de desterritorialização;

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