27 junho 2009


acho que nunca houve um mundo que espalhasse que a liberdade é a forma suprema de vida e ao mesmo tempo suprimisse a verdadeira liberdade, porque essa carência de liberdade que compromete inclusive o exercício da cidadania, eu creio que é um marca do nosso tempo que mais cedo ou mais tarde vai se mostrar insuportável, como os totalitarismos tiveram também seus dias contados;
milton santos


sejamos prometeicos ou fáusticos, tenhamos uma visão pessimista ou otimista das novas tecnológias de informação e socialidade, não como desconsiderar seu poder;
não se trata aqui de pessimismo ou otimismo, trata-se de estratégia; mesmo que estejamos buscando nos defender de um fanatismo da técnica, implantado pela indústria do consumo e das subjetividades gestadas nas campanhas publicitárias, os meios de comunicação, com o ciberespaço passaram a configurar territóriosestratégicos na luta pela politização e humanização, na luta contra a violência, a alienação, a opressão que acompanham todos os totalitarismos com este pelo qual estamos passando em nossa sociedade de controle globalizado;
ainda que seja para combaterum mundo tecnicista, a técnica se faz necessária;
no entanto, a técnica não passa de um meio, um meio bastante precário se considerarmos que a vida, especialmente a vida humana, é a tecnologia insuperável, ainda que subutilizada por nossos sistemas de controle, nossas pseudodemocracias;
ainda que sejamos pessimistas quanto ao mundo que criamos a partir das máquinas, que seja um pessimismo ativo que possibilite a criação de mundos possíveis a partir dos recursos fornecidos pelas mídia;
popularizar as mídia, fazer usos subversivos dos recursos tecnológicos, redefinir a imagem programada quea publicidade subjetiva está produzindo diariamente para nos formatar;
por isso a importância da arte como programa para essa tecnologia subjetiva, a importância do coletivo de arte como libertária máquina de produção de signos, de reconfiguração do mundo de opressão dos consensos homogeneizadores, característica de totalitarismos como este que ajudamos a criar e recriar;

abz

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