30 maio 2009


Não se trata de entender, a clássica pergunta: o que é isso? Decorrente da clássica pergunta: quem sou eu?
Trata-se de se perguntar ‘como isso funciona’? ‘pra que serve isso’?
Enfim, trata-se de saída de questionar nosso regime epistêmico. Não apenas nossas verdade, mas nossa imagem da verdade.
Para nós que hasteamos a ordem e o progresso dos militares e de sua política da tortura e do medo que tantas más heranças nos legou, penso que é fundamental escarafunchar as palavras de ordem que formatam nossa autoritária e opressiva imagem de nós mesmos.
É interessante que um dos conceitos fundamentais para se pensar a complexidade seja justamente a noção de ordem que está gravada em nossa bandeira.
Como a ordem, o conceito sobre o qual se assenta nossa perspectiva classificante da tradição aristotélica, pode ser articulado com a ordem que paira como ameaça sobre nossas cabeças, em nossa bandeira.
Sim a ordem é a ordem da exclusão, manter a ordem dos privilégios, não ameaçar a ordem dos coronéis e dos banqueiros.
Daí até chegar na ordem que a ciência utiliza como palavra de ordem, em sua ordenação de um mundo explicado em suas teorias, é um pulo.

Disso depende não propriamente uma ‘boa educação’ nem mesmo uma redentora revolução epistemológica, e sim toda uma prática política, uma prática de si, de auto-criação, um processo ativo de subjetivação que tem muito mais a ver com a realidade de discriminação que vivem e convivem os jovens com que temos contato em nossa realidade histórica excludente, do hábito da sobreposição dos privilégios sobre os direitos.

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