30 março 2009


olá

enquanto vc não vem...

esse é o texto que elaborei buscando perseguir algumas ramificações desses rizomas que proliferam sem parar...

também um pretexto para você me ler

também quero um pretexto para poder te ler

tem algo pra mim?

fiquei interessado naquela dinâmica conceitual...

pensei em algo inédito:

fazer uma seleçãozinha de trechos de minha dissertação

é que tirei um trecho essa semana pra um amigo

o trecho sobre o foucault

e me inspirou a fazer essa seleção palatável

vou criar tempo pra isso

por enquanto vai o endereço de



o que se ouve entre a opy e a escola?

corpos e vozes da ritualidade guarani




(assim mesmo, com ponto de interrogação)



eu lendo e você lendo:

daí os devires que resultarão

em devires

abs

a.

www.imperceptiveis.blogspot.com

http://www.oqueseouveentre-indice.blogspot.com/











pesquisando a pesquisa
trata-se do projeto de criação coletivo do curso em docência indígena;
o projeto envolve o coletivo de professores, estudantes, demais e eventuais colaboradores na produção/agenciamento de pesquisas em todos os tipos de linguagem;
temos mais interesse nas misturas de linguagem do que nos purismos disciplinares;
nossos devires nos lançam em tais experiências de fronteira em que convergem universos e o mundo humano se dilui na diferença e na multiplicidade, únicas dimensões que lhe podem dar algum sentido libertário;
pois libertar o humano de suas amarras, de seus preconceitos, de suas formas pré-concebidas é um dos nossos maiores interesses;
nossa pesquisa, portanto, é focada na pesquisa;
focada no processo da pesquisa como estratégia de aprendizagem;
aprendemos a pesquisar para ensinar a pesquisar;
nos compomos em coletivo para aprender como funciona um coletivo, como se coordena um coletivo;
experimentamos que ferramentas funcionam e quando funcionam, mas também quais e quando não funcionam;

nosso mote, sem dúvida, é a pesquisa;
uma aprendizagem pela pesquisa, pela criação, pelo agenciamento, pela produção de conhecimento em lugar da reprodução de saberes cristalizados em currículos, em disciplinas;
a pesquisa nos proporciona pensar um saber aberto, bem como estratégias político-pedagógicas igualmente abertas que nos proporcionem escapar à auto-referência da escola, isto é, escapar de uma imagem da escola que se fecha em si mesma, uma escola desvinculada da comunidade que deve dar sentido a ela;

com os procedimentos de pesquisa na aprendizagem, será possível igualmente nos focarmos mais nos processos práticos de elaboração do conhecimento, aqueles que se travam em contato e conflito na comunidade, que colocam as pessoas em contato, que levam a impasses e soluções como só o conhecimento poderá fazê-lo;
nessa conversão, será necessário nos liberarmos de vez dos resquícios de educação bancária que ainda nos enredam, para focarmos nas formas de acompanhamento em campo;
essas formas de acompanhamento em campo trazem consigo toda a tradição antropológica da circulação entre universos distintos de sentido, valores e conhecimentos;
deixamos de vez a crença etnocêntrica na supremacia da ciência ocidental, que se julga para além do bem e do mal, assim como para além dos limites materiais do planeta;
fortalecer o pólo prático das experiências de campo e formular nosso projeto político-pedagógico baseados no equilíbrio entre teoria e prática: eis outro dos objetivos deste projeto;

pesquisando a autoria
enquanto pesquisamos a linguagem da pesquisa, interessa-nos pesquisar a autoria, seu conceito, suas práticas, as reflexões por ela suscitadas;
portanto, nossos objetivos são pesquisar a pesquisa e pesquisar a autoria... refletindo nesses processos e experiências é que estamos criando e refletindo sobre nosso processo criativo;

a autoria
a autoria consiste num dos mais importantes problemas das ciência humanas no último século;
isso devido à reconsideração não só do sujeito como criador de sentido, de linguagem, de valores, como também do que se entende por ciência quando se trata de ciências humanas;
isso porque o modelo das ciências humanas se pautou na objetividade científica das ciências duras, às quais atou seus métodos de pesquisa e sua visão de mundo, isto é, seus compromissos políticos com o estado e o capital;

quando se fala de autoria, portanto, estamos falando de um problema central na consideração política do que consiste a prática de pensar, de estudar, de aprender, enfim, de se civilizar;

o construtivismo, concepção de conhecimento que logo se dissemina nos meios pedagógicos, pressupõe o caráter aberto do conhecimento, ou seja, a multiplicidade do sujeito e do mundo, em contraste com a unidade que dá sentido aos paradigmas vigentes;
pensamos trabalhar aqui com princípios construtivistas, dado que eles contemplam a dinâmica própria à relacionalidade inerente aos contatos e conflitos de regimes de pensamento, epistemologias e mesmo cosmologias tão diversas quanto as que estamos relacionando;

a era do virtual
nos tempos em que estamos trabalhando a web passa a se desenhar como importante ferramenta para o emprego da escrita;
essa ferramenta, a escrita, a que se tem tido acesso na escola indígena de forma um tanto automática, revigora-se na era digital do virtual que vai ultrapassando a era do impresso em papel;
se o acesso à web é restrito, a criação é barateada;
o papel ou o livro no brasil não pode mesmo ser considerado um meio inclusivo, mesmo nas grandes cidades, mesmo com os subsídios do governo;
com a web, o que se barateia é a produção, especialmente a produção coletiva;
não se trata propriamente de fazer apologia da web, mas de vislumbrar o que ela nos oferece em nosso campo de pesquisa: a autoria, a criação coletiva, os agenciamentos de enunciação;
publicar, em termos financeiros, não requer mais que o acesso à rede;
se se trata de uma 'ditadura' do meio virtual, isso se deve a ele proporcionar a publicação, ou melhor, redefinir a noção de publicação e, com ela, os processos de subjetivação a ela associados;
enfim, ele será um meio de publicarmos, de divulgarmos nossas pesquisas, de podermos produzir mais, em mais grupos, a partir de mais e diversas experiências;

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