03 janeiro 2009


é interessante que o texto de rajagopalan encerre uma questão;
ainda mais interessante que essa questão envolva a possibilidade de uma crítica radical da linguagem;

o que se vê de fato hoje no campo dos estudos lingüísticos [e a retomada entusiástica com uma popularização extraordinária de autores como bakhtin, que acabou se tornando dos ano noventa pra cá um autor pop, denota isso] é a necessidade da linguística situar:se no campo das políticas públicas a partir de sua malfadada tradição científica;
enquanto lhe caia modificar a noção de ciência, os seguimentos mais conservadores se contentaram com adequar-se à ciência tradicional, a ciência régia do estado, concentrando-se numa lingüística da língua, fenômeno cientificizável por excelência;
se o estruturalismo levou a lingüística a essa política científica, o mesmo não ocorreu na antropologia que se utilizou do mesmo estruturalismo para traçar sua desconstrução do pensamento ocidental via pensamento selvagem dos nativos;
à antropologia o estruturalismo serviu para exorcizar a tradição histórica da sociologia positivista com sua imaginação metafísica, isto é, proliferando essências numa linguagem explicativa do objetivismo neutro da universalidade;

enquanto os estados se modernizam inspirados na racionalidade positivista e sua imaginação metafísica, cuja obsessão é unificar a nação sob um mesmo mito histórico, uma mesma cultura e uma idéia universal de cidadania herdada da concepção jurídica do estado-nação;

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