02 dezembro 2008


o propósito de estudar e verificar hipóteses sobre as implicações da cultura escrita em sociedades ágrafas reproduz fielmente a dinâmica etnocêntrica da relação entre conhecimentos cujo lastro nos interessa identificar;
apenas pelo curioso contraste, por que não inverter e estudar as implicações das sociedades ágrafas na cultura escrita;
a princípio, por que essa inversão problematiza de saída os pressupostos do que seja o propósito de estudar e verificar hipóteses sobre as implicações da cultura escrita em sociedades ágrafas reproduz fielmente a dinâmica etnocêntrica da relação entre conhecimentos cujo lastro nos interessa identificar;
apenas pelo curioso contraste, por que não inverter e estudar as implicações das sociedades ágrafas na cultura escrita;
a princípio, por que essa inversão problematiza de saída os pressupostos do que seja estudar e conhecer;
conhecer aqui não será levantar dados e explicar objetivamente a idéia de uma sociedade ágrafa;
conhecer e se relacionar pressupõe o contato necessariamente conflituoso entre esses regimes de conhecimento;
isso porque um regime de conhecimento não é visto aqui como manancial de saberes universal que podem ser acessados ou acionados para se conhecer uma realidade comum e universal;
conhecimento aqui se trata de práticas políticas de domínio e instauração de realidades;
nesse conflito, não acreditamos tratar de conhecimentos equivalentes, e sim de conhecimentos com naturezas distintas;
enquanto, de um lado, tem-se a ciência régia que consiste nos saberes institucionalizados como universais a partir do critério racional que dá sentido ao estado moderno, de outro, opera-se com saberes nômades, cuja a qualidade principal consiste na resistência ou na fuga dos aparelhos de captura que caracterizam o controle da ciência régia sobre (e/ou do) o mercado de conhecimentos e seus valores;

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