02 dezembro 2008



além disso, toda a relação de contato precisa ser pensada em sua complexidade atual, que contrasta com a aparente simplicidade da situação inicial e idealizada de contato, supostamente vivida por muitos povos nas últimas décadas;

esse contato com o estado pode ser caracterizado como contato televisado, por conta de seu imediatismo (abandono posterior de muitos recém-contatados, como os ikpeng), exotismo, anacronismo (acreditava-se reviver a saga dos colonizadores) etc;

pensar o contato em toda sua complexidade contemporânea exige colocar-se na posição de relação conflituosa entre civilizações e não mais na velha e esgarçada perspectiva de intelectuais de estado, tratando das possíveis soluções dos ocidentais para os povos indígenas;
o reconhecimento e a crítica desse etnocentrismo é conseqüência do exercício das perspectivas, enunciados e agenciamentos indígenas das últimas décadas;
a relação problemática dos indígenas com o estado, converte a tradição antropológica de toma-los como agentes de um processo histórico de integração, em práticas promissoras de resistência (múltipla e diferenciante) ao ímpeto universalista do estado moderno e do capitalismo pós-moderno;

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