11 novembro 2008


como desvincular a experiência da língua portuguesa da experiência de subversão da língua portuguesa, a literatura, seja ela portuguesa, brasileira ou africana;
surpreendente a experiência de olhar o cânone nacional com o olhar de meus interlocutores da graduação indígena;
que contato lhes é possível estabelecer com a literatura em língua portuguesa, no contexto de projeto pedagógico que visa sensibilizar para a reflexão da língua como parte fundamental do aparato da cultura majoritária da sociedade envolvente, à qual a resistência consiste no foco da maior parte dos projetos político-pedagógicos desses professores-graduandos;

por vezes a busca do universalismo esbarra no artificialismo, mesmo o local que se quer universal sofre dessa dissonância;
nesse sentido, o jogo de perspectivas elaborado pela antropologia contemporânea visa dar conta da complexidade em que consiste essa perspectiva antropológica [uma perspectiva fronteiriça por excelência ou cuja especificidade é a de ser trans-fronteiriça] desde que possa ser ocupada por outras formas de subjetividade e de humanidade que não aquelas pressupostas pelos valores da tradição ocidental;

traçar linhas de fuga dos automatismos mentais e dos automatismos metodológicos, criar as saídas, imaginar soluções diante da reprodução da mesma mentalidade passiva diante das verdades projetadas na parede da caverna;
subverter o cânone, desterritorializar o óbvio dos valores estabelecidos;

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