04 novembro 2008

as minhas alunas dizem o mesmo
quero dizer, elas querem dizer o mesmo
aliás, elas só fazem isso por que gostam de mim
melhor dizendo
a própria provocação é o sinal de afeto
puxa, esses eamils vão ficando intensos né...
quando a gente começa um projeto nem parece e tal e aí a coisa começa a esquentar...
acho que a discussão já é metade do trabalho;
é por isso que eu publico;
você viu?
queria publicar suas respostas, mas perderia o charme (tipo programa ensaio)
bom, o impasse foi a gente que procurou né, pra poder resolver...
pra simplificar: não creio que minhas leituras são apenas leituras, nem sua observações são apenas observações...
hiii... comecei a teorizar não é mesmo... eu sou terrível;
eu quero ser antropólogo, quero ser até etnografista, mas é que é difícil para mim falar do mundo sem falar da fala e sem falar da fala que fala do mundo e sem falar da fala que fala da fala etc... não tem graça;
eu tenho um imperativo, uma regra dos nove: o prazer;
não quero fazer apenas o que faz o evc;
quero fazer também o que ele faz;
eu acho que tem a história com os ashaninka que te assusta um pouco;
eles são meio assustadores mesmo;
também com os inimigos que eles têm, é pra ser assustador senão não sobrevive;
não sou inimigo deles;
eles também não são meus inimigos;
que fiz eu para merecer tanta honra né...
acho que temes também minha inserção em campo né...
o que posso dizer...
não é fácil estabelecer alianças por lá
ainda mais para um amador convicto como eu;
também não sei,
mas acho que eu tenho mais clareza em como eu posso usar você, aproveitar você, do que vice-versa;
eu já estou debruçado sobre o problema da etnografia, o qual agradeço por me lembrar que é um problema, agora por outro lado acho que você poderia me ajudar a ser mais útil a você, se você 'precisa' (no bom sentido) mesmo de mim;
tenho uma sugestão pra gente escrever, a partir de nossa experiência;
você escreve um texto, uma matriz, e eu dou sugestões;
assim deu mais certo antes, eu acho, no texto do posfácio;
aliás também não gosto quando você assume meu discurso, estou tão acostuma com você fazendo jogo duro...
eu não entendo o que você quer dizer com isso de textos separados;
o melhor seria você elaborar um texto e me dar a liberdade de desconstruí-lo, você só aproveita minhas sujestões, mas se você tiver achando que está muito mole para mim...
e as leituras do livro do eduardo, quais as novidades?
e o seu texto para o congresso, achava que ele era a base da proposta até pegar aquela prévia que você me mandou com o meu texto high-tech;
fiquei surpreso;
produto né?
o que você pensou?
finalizei hoje uma apostila de 50 paginas para as minhas disciplinas de ensino de artes e produção de material didático;
são basicamente textos e exercícios para levantamento de dados em práticas culturais e experiências de ensino dessas práticas, algo bem próximo do que chamam educação tradicional, afinal artes...
eles vão passar uns seis meses levantando dados e materiais e voltam pra gente elaborar material didático;
estou com o pensamento imerso nessa coisa de falar com muitas vozes e desse embate entre os conhecimentos;
e aquela frase do foucault que não sai da minha cabeça: a política é a continuação da guerra por outros meios (invertendo o klaussevitz, que a guerra seria a continuação da política por outros meios);
não é demais;
demais, você me acha demais...
no bom sentido?
b.
a.

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