se, de um lado, os kuntanáwa ressignificam conhecimentos e práticas reconhecidas como indígenas para se fazerem indígenas, para constituírem esse território subjetivo, os kampa do rio amônia ressignificam práticas de conhecimento não-indígenas que ganham sentido próprio quando integradas na concepção que fazem de si mesmos, na produção de sua subjetividade;
tem-se, portanto, aqui práticas subjetivas que vão além daquilo que dizem [ou que se diz sobre] esses indígenas sobre si ou sobre outros;
tais práticas subjetivas integram processos de subjetivação mais complexos, dada a recursividade com que esses conhecimentos reformulam e ressignificam a socialidade e a imagem do coletivo;
tais procedimentos definem condições propícias à resistência, liberam linhas de fuga diante do poder de convergência das subjetividades capitalísticas, que operam normativamente a partir da imagem perpetuada [nas instituições, no seno comum, nas leis, na publicidade, no conhecimento etc] pelos dispositivos herdados da ordem social colonizadora;
de um lado, se utilizam dispositivos próprios dos sistemas de conhecimento e subjetivação indígenas para conquistar espaços subjetivos que não se dobram simplesmente na interioridade de psicologias individuais essencializadas, mas que se desdobram de forma complexa na disputa por territórios, num interessante problema de sobreposição territorial e étnica com diversas implicações;
de outro lado, a mesma preocupação com o território, não o próprio, mas do entorno, considerado como continuidade, tal como os brancos, que são tomados nesse projeto [ambiental e político] como possíveis continuidades do processo de subjetivação [ressignificação de conhecimentos sobre gestão territorial e práticas políticas] dos próprios ashaninka do rio amônia;
também aqui a ecologia subjetiva se baseia na resistência ao processo local de laminação da sociodiversidade típica da região;
tem-se, portanto, aqui práticas subjetivas que vão além daquilo que dizem [ou que se diz sobre] esses indígenas sobre si ou sobre outros;
tais práticas subjetivas integram processos de subjetivação mais complexos, dada a recursividade com que esses conhecimentos reformulam e ressignificam a socialidade e a imagem do coletivo;
tais procedimentos definem condições propícias à resistência, liberam linhas de fuga diante do poder de convergência das subjetividades capitalísticas, que operam normativamente a partir da imagem perpetuada [nas instituições, no seno comum, nas leis, na publicidade, no conhecimento etc] pelos dispositivos herdados da ordem social colonizadora;
de um lado, se utilizam dispositivos próprios dos sistemas de conhecimento e subjetivação indígenas para conquistar espaços subjetivos que não se dobram simplesmente na interioridade de psicologias individuais essencializadas, mas que se desdobram de forma complexa na disputa por territórios, num interessante problema de sobreposição territorial e étnica com diversas implicações;
de outro lado, a mesma preocupação com o território, não o próprio, mas do entorno, considerado como continuidade, tal como os brancos, que são tomados nesse projeto [ambiental e político] como possíveis continuidades do processo de subjetivação [ressignificação de conhecimentos sobre gestão territorial e práticas políticas] dos próprios ashaninka do rio amônia;
também aqui a ecologia subjetiva se baseia na resistência ao processo local de laminação da sociodiversidade típica da região;
<< Home