20 outubro 2008

falar em diversidade socioambiental não é fazer uma constatação, mas um chamado à luta; não se trata de celebrar ou lamentar uma diversidade passada, residualmente mantida ou irrecuperavelmente perdida – uma diferença diferenciada, estática, sedimentada em identidades separadas e prontas para consumo;
sabemos como a diversidade socioambiental, tomada como mera variedade no mundo, pode ser usada para substituir as verdadeiras diferenças por diferenças factícias, por distinções narcisistas que repetem ao infinito a morna identidade dos consumidores, tanto mais parecidos entre si quanto mais diferentes se imaginam;
mas a bandeira da diversidade real aponta para o futuro, para uma diferença diferenciante, um devir onde não é apenas o plural [a variedade sob o comando de uma unidade superior], mas o múltiplo [a variação complexa que não se deixa totalizar por uma transcendência] que está em jogo;
a diversidade socioambiental é o que se quer produzir, promover, favorecer; não é uma questão de preservação, mas de perseverança; não é um problema de controle tecnológico, mas de auto-determinação política;
evc, encontros

Visitor Map
Create your own visitor map!