29 outubro 2008

em lugar de colocar questões prontas que esperamos que eles respondam como num questionário de múltipla escolha, precisamos ser capazes de criar condições não só para que eles escapem aos automatismos mentais e pressupostos com que inevitavelmente contaminamos seu olhar, sua imaginação e sua apropriação da escola com nosso moralismo absolutista do pensamento, com nosso joguinho de poder do certo/errado na mão do professor;
ou mesmo para que eles nos ajudem a nos livrar de nossos próprios automatismos, criados para nos controlarmos uns aos outros;
mas que se possa criar atividades em que se liberem fragmentos de uma escola estranha à sua auto-imagem, fragmentos de diferencialidade, ações ou atos de diferenciação;
não se trata de responder a questões que trazemos prontas de uma política de estado e de pensamentos condicionados e conceitos papagaiados;
nosso hábito mental, nosso condicionamento imaginativo que pressupõe que as questões são as mesmas;
trata-se de liberar questões que não queremos ouvir, que não estamos preparados para ouvir, que nossos ouvidos ainda não podem perceber;
questões problemáticas que nos exijam a transformação de nossa abordagem e não que justamente sirvam para justificar nossos procedimentos;

não se trata de buscar reduzir seus termos aos nossos termos e fingir que se pode faze-los ouvir sem modificar [em vez disso, aprofundando mais ainda] nossos procedimentos;

pode ser interessante voltar ou partir de questões tais como o que é uma escola, para que serve uma escola etc;
procurar fazer o mesmo exercício com todos os pressupostos que forem se sucedendo e que possamos perceber;

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