02 setembro 2008




pensava hoje aqui na aldeia sobre a penúria e o privilégio de sentir a solidão em meio à multidão molecular revolucionária, de perceber ao mesmo tempo o quão imaturos estamos em nosso processo de resistência ao hipercapitalismo implementado pela extrema direita da cruz e do fuzil, que antes de esquartejar o carnaval revolucionário que foi nosso ensaio de guerrilha, cortara a língua de nossa tão perigosa quanto pacífica antropofagia cangaceira: resultado: engolimos a aliança sinistra entre o liberalismo dos mídia que modulam e modelam nossa língua no jornalistês dos alcagüetes de cada esquina e a bem comportada esquerda democrática que vai liquidando a floresta para abrir os caminhos de um pac politica e ambientalmente correto, e o quão inusitado é despertar a essa altura dos acontecimentos, despertar ao lado da floresta e do mestre ('o' mestre), para enfrentar a indiferença do entorpecimento e para apreender a potência da diferença sob o signo heterofóbico da identidade, do claustro do ego que nos une, para aí dar conta do que em nós (e em nós neles todos os outros, nossos e 'outros' outros) quer a servidão, nosso medo que aciona o desejo de servir e voltar-se, impiedoso, para encará-lo...
de fato, devir latinamericano e, melhor, devir índio é pra quem pode, quem pode saber o privilégio...
com uma floresta de saudades...

Visitor Map
Create your own visitor map!