03 julho 2008



o que dá sentido à hermenêutica não é a linguagem comunicacional, geralmente concentrada sobre o uso literal da expressão;
esse uso da linguagem conforma a realidade da grande maioria;
trata-se do uso da linguagem nos mantém presos à primeira atenção, permitindo poucos desdobramentos no plano simbólico e nos jogos do regime de enunciação;
portanto, não se trata de produzir textos a partir do real, como preconiza a síntese aristotélica da verossimilhança ou da mimesis;
o que dá sentido à hermenêutica tampouco será a composição de textos a partir de textos, a intertextualidade, como se fez crer nos contextos sacerdotais;
assim que o sentido da hermenêutica, ou seja, seu limite, poderá ser a construção de realidades a partir de certos usos da linguagem;
a discursividade se constitui num instrumental voltado à decomposição desse uso da linguagem;
no entanto, a disputa pelo conceito tem levado a inúmeros equívocos;

daí, portanto os perigos da educação e do agenciamentos de enunciação na articulação de novas realidades e na desmontagem das velhas;
pensar também nos perigos de buscar dar a consciente a idéias que incidem direto na realidade, tirar todas as conseqüências dos exercícios de conscientização de processos criativos;
por isso, mesmo a comunicação não deve servir para informar, mas para desdobrar agenciamentos de enunciação, articular agenciamentos processuais;

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