10 junho 2008



poder e potência
chamar de potência a disputa de poder, de vontade de conservação ou achar que a disputa de poder nos termos compassivos, nos critérios ressentidos de nossas subjetividades capitalísticas será confundi-la com o espírito trágico do sacrífico que define a potência;
sacrificar-se, atribuir um valor positivo à morte como o faz o guerreiro indígena contrapõe-se aqui ao agarrar-se à vida e ao bem estar;
uma economia da dilapidação, que se coloca à prova contrapõe-se a uma economia do acúmulo, da manutenção;
a disputa capitalística visa a autoconservação e as doutrinas evolucionistas confirmam essa imagem da vida e seu sentido;
não há espaço aí para o desperdício, para a espontaneidade, para nada que escape ao controle rígido da máquina;
a morte e mesmo o suicídio nunca podem ter valor positivo nessa economia;
o gozo e o dispêndio devem submeter-se à contenção, ao acúmulo;

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