03 maio 2008

português
minha segunda língua
meu sapato trinta e seis




de lá pra cá, o yorenka ãtame: o problema da consciência, fazer por uma crença no absurdo da civilização ou fazer por vontade;
qual o combustível que conduz mais longe e seguro, mais verdadeiro esclarece as pessoas do que estão fazendo para ser, futuramente;
sustentar-se na esperança de um mercado de trabalho, de um futuro técnico promissor;
não sei;
esse horizonte do mercado de trabalho trabalha com o mesmo horizonte de valores capitalista;
preferi trabalhar com a vontade mais que com a consciência: uma aprendizagem da vontade;
qual o horizonte de ação, objetivo;
será mirar o mercado de trabalho, valores da vila de taumaturgo;
ou criar valores outros;
como...;

ceflora: formação técnica e mercado de trabalho;
informática e a construção de um futuro contra-capitalismo;
gestores de relações outras entre mundo, pessoas e capital;

como a subjetividade pode ser constituída;
como uma ecologia subjetiva se contrapõe a subjetividades capitalísticas;
como a subjetivação se dá enquanto constituição artesanal, autopoiesis, de subjetividades;
detectar o que há de capitalístico na produção de subjetividades, na forma de se conceber o passado que consiste em um dos intensificadores de poder do estado: a história;
o [mercado de] trabalho como inevitável destino que configura todo o critério de valores da floresta: reserva extrativista como o menor índice de desenvolvimento humano;

o que há inicialmente para se reconhecer nesse processo são os aparelhos de captura do estado;
esses aparelhos colocam medo e impõem os valores do capitalismo;
educação, saúde, trabalho não são considerados artigos constitucionalizados da cultura;

o modo de ação do indigenismo opera no horizonte de valores super-capitalistas;
seja na formação de professores ou nos demais mercados de trabalho definidos no campo do estado-capital, os considerados benefícios e o futuro que norteiam as ações e os valores visam as subjetividades capitalísticas;
isso a ponto de se constituírem mercados para educação tradicional (mercado de trabalho, mercado editorial, mercado discursivo, mercado político, mercado jurídico) ou para o desenvolvimento sustentável dos povos tradicionais (mercado das políticas públicas, mercado do ecologismo, mercado de técnicos, mercado de espécies em extinção, mercado social, mercado do ambientalismo, mercado jurídico) entre outros;
todo esse mercado da diversidade cultural com seu discurso positivo faz evidenciar o que é cotidiano para os grupos indígenas e outros tradicionais: a sofisticação dos aparelhos de captura que não se restringem mais em simplesmente integrar, mas passam a constituir, com o chamado terceiro setor, um mercado social que passa a fazer da diversidade uma mercadoria e um mercado;
as subjetividades, que criaram tanta de dificuldade em serem pensadas, dado que o pensamento ocidental resistiu tanto e tanto em se desvencilhar das categorias que o colocariam em xeque, emerge como uma mercadoria cada dia mais evidente;
as subjetividades emergem ameaçando a forma do sujeito, o modelo que deu origem ao cidadão de direitos, ao indivíduo liberal com sua pessoa jurídica;
os movimentos de minorias, a figura dos excluídos, passam a exercer outras funções, determinadas por novos mercados, sempre visando intensificar a capacidade de controle;
pode-se então passar a diferenciar o processo de captura, sofrido assim pelos movimentos sociais, daquilo que ainda pode se constituir como capacidade de resistência;
processos de subjetivação próprios aos movimentos podem escapar à sua captura e massificação em políticas públicas, o que se chama molarização;
subjetivação opera na chave sutil da autonomização subjetiva, em que os valores não se mantém circunscritos aos valores do capitalismo (dinheiro, emprego, aposentadoria etc) ou aos benefícios assistencialistas de curto prazo fornecidos pelo estado;
aqui a diversidade deixa de ser apropriada como mercadoria para tornar-se estopim de um processo de resistência subjetiva anticapitalista que passa pelo trabalho, pelo consumo, pelo misticismo, pelas relações entre pessoas, relações com outros seres, relações com o meio, relações simbólicas etc;

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