14 maio 2008



entre esses dois pólos de indeterminação, a natureza ocupa o lugar da ordem e da necessidade: zona de certeza entre o acaso da matéria e as vicissitudes da atividade humana;
rosset, a antinatureza



antes do discursivo, era o positivo;
uma imagem da linguagem que se referia diretamente às coisas aos acontecimentos;
a imagem primeira - que ainda persiste - da ciência;
por outro lado, o lado do humanismo, a imagem de um conhecimento todo-história, um humanismo que não pode escapar à história, seja pela via oficial ou pela via crítica;

o positivo começa a cindir-se com a imagem de uma outra história, com a imagem de uma dialética ainda inerente à dinâmica social, ou seja, vindo de fora, sem referências epsitêmicas ou à imagem da linguagem;
daí avança-se sobre a noção de ideologia que ainda resguarda não só o enunciador {vacina de ideologias porque percebente de ideologias] como a própria imagem da linguagem [imagem do conhecimento];
pois talvez esse seja o maior mérito da ideologia, desgrudar grande parte dos enunciados de suas supostas realidades, evidenciar seu caráter positivo;
seu pecado consiste em manter-se aquém das ideologias, como que fora dos valores, formulando um outro tipo de autoritarismo [de ...] que, no entanto, está muito próximo do positivismo;

o eixo para uma revolução epistêmica foi a imagem da linguagem;
o positivo é colocado em questão lingüística, o estruturalismo afronta os determinismo históricos;
não se trata mais da certeza objetiva que promove o conhecimento a aparelho de estado;

manter-se na postura positivista consiste em insistir em afirmar, em produzir enunciados que sustentam fantasmas, imagens da transcendência;
penetrar um plano de imanência consiste em usar a linguagem para desmistificar uma forma do mundo e da subjetividade acabada, aguardando para ser descrita objetivamente;
intervenção é o outro nome do discurso;
discurso pode ser qualquer enunciado desde que tomado em seu caráter de discurso indireto, desde que exorcizado dos fantasmas dos transcendentais, das falsas imagens do objeto na linguagem, como se qualquer coisa pudesse ter existência fora do nome;

por aqui começa a se perceber uma distinção entre falar e fazer, em que o falar mantém sua filiação com a imagem da linguagem que resulta no/do positivismo, e fazer consiste na ruptura com tal relação direta entre palavra e coisa, colocando todo enunciado em função de um discurso indireto;

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