16 abril 2008



trata-se então de distinguir entre duas concepções de cultura para, daí, entender-se como trabalhar no sentido de seu fortalecimento, revitalização e autonomia;
uma concepção de ação cultural converge para nossa cultura nossas políticas públicas de diversidade;
nela os valores convergem para os nossos valores de preservação,
as ações pensadas em seu âmbito possue por horizonte de valores o mercado;
a sua educação se pauta no mercado;
seus valores se pautam na possibilidade de consumo, na aquisição de força dentro do sistema do branco;
segundo essa concepção, o sistema indígena não tem força para combater o sistema capitalista e por isso não vae a pena ou seria loucura voltar-se contra ele;
dessa forma, o horizonte dessa perspectiva é integração pois não se visa uma resistência;
a resistência é entendida aqui como sobrevivência e conquista de força dentro do sistema capitalista da mercantilização;
aqui, tudo vira mercadoria: a subjetividade, a educação, o sagrado;
tudo se torna mercadoria para ganhar valor no mercado branco, para entrar no circuito;
os critérios de valor são os critérios de mercado e não se entende por que se voltar contra esse processo de mercantilização, já que ele é inevitável;

a outra possui caráter político, ou seja, entende a cultura e a subjetividade com parte de um projeto político, como práticas políticas com os dispositivos de ação, os agenciamentos de enunciação com que ganham corpo e viram prática;
por esse outro lado a própria prática subjetiva consiste numa prática de resistência por conta se constituir como prática de diferenciação;
escapar às estratégias de homogeneização [e de reconhece-las], típicas do capitalismo, consiste numa de suas funções e justificativas;
o caráter prático da cultura, sua pragmática, sua imanência aqui é evidenciada em detrimento de ações que projetem a cultura num plano de transcendência como faz a escola que na prática cria uma série de intervenções de estado e capitalistas no plano prático [instituição, burocracia, dinheiro, empregos, trabalho e trabalhismo etc] para fazer o discurso da diferença no plano da transcendência, das idéias;
essa concepção mais política, que visa circunscrever [dar conta] os valores do universo branco e contrapô-los aos do universo indígena, trabalha mais centrada na noção de autonomia;

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