22 fevereiro 2008

serie txais tradições 3

todos os interlocutores com quem tenho trabalhado ultimamente tem uma mesma resposta para a pergunta o que é direito;
para eles direito é algo que cada um tem, as garantias primeiro individuais e depois coletivas;
eles parecem reproduzir um discurso autoritário que caracteriza a socialidade brasileira, em que todos querem ter direito à violência de estado, às garantias do estado, mas poucos querem assumir o pagamento dessas garantias, mesmo quando se as reconhece;
nesse momento todo cuidado é pouco, pois eles, a partir de uma mentalidade imediatista, assistencialista e mercantilista, deverão voltar-se contra aquele que supostamente (ou seja, segundo essa mentalidade) quer suprimir os pseudo-benefícios;
usei a estratégia de caracterizar a relação com o conhecimento tradicional, para o que a entrevista com o michael veio em contento;
opondo então livre fluxo de informações com mercantilização do conhecimento é possível colocar em dúvida o ímpeto das lideranças indígenas pela apropriação dos saberes técnicos sem colocar em questão o circuito no qual eles estão sendo acionados;
com isso, cada vez mais os indígenas enfraquecem seus circuitos de troca de conhecimentos e os princípios destes;
formar indígenas em cursos superiores e inserção na sociedade de conhecimento ocidental pode consistir numa etapa para uma autonomização do saber indígena e seu circuito;no entanto, pensar nisso como a solução do problema da política ou da economia de conhecimento indígena pode ser catastrófico;



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