24 fevereiro 2008

a grade 1 redundarão controle e resistência num mesmo processo...?

é um combate essa idéia, uma proposição batalhadora esta entre os limites de nossa liberdade e a medida em que caímos nas malhas do controle e nosso trabalho é reabsorvido como controle;
para aguns isso não passa da vida cotidiana que na pós-modernidade consiste em amansar resistências e não cumprir com as evidenciações modernas de cumprir com os modelos: as crianças quererem ser adultos, as mulheres homens, os loucos sãos, os presidiários libertos etc;
sempre chegar ao padrão, eis a máxima da modernidade no que ela ainda devia à subjetivação disciplinar que visava estruturar o estado e seus cidadãos, a lei e as demais instituições para o capitalismo global;

pensava então que a diferença definida como processo de resistência por excelência na obra de guattari não passaria de um instrumento que vinha sendo imediatamente absorvido por esses padrões de subjetividade capitalística;
acontece que não tinha, como não tenho..., uma proposta que supere a afirmação da diferença, aliás sigo trabalhando justamente com a afirmação dessa diferença;
achava então simplesmente que a obra de guattari servia mais ao aperfeiçoamento dos dispositivos de controle, função das ciências humanas (e pelo visto também das contra-ciências) que à sua resistência;

no entanto, por um lado não temos outra possibilidade de resistência à subjetivação capitalística de reprodução do mesmo que não a diferença e, por outro, o processo de apropriação da diferença pelo capitalismo visa reduzi-la à identidade, ao mesmo, à homogeneidade;

é aqui que o infinitesimal ganha um sentido próprio pois trata-se de uma diferença ao infinito, de uma afirmação das hecceidades, literatura, uma vida...

a dúvida que resta consiste em: a longo prazo, nossa função consistirá em permanecer aprimorando os dispositivos de controle..., seremos nós também, que acreditamos resistir, parte dessa mesma máquina de redução...

essa apropriação capitalística e padronizadora da diferença é algo mais fácil de se ver nos discursos alheios que nos nossos próprios;
somos sempre os heróis de nossos mitos;

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