02 dezembro 2007

futuros
entenda-se que quando tratamos de antropologia do passado, filosofia do futuro etc não queremos nos apoiar em qualquer pré-noção definitiva desses termos, os quais são modelados no contexto de suas doutrinas, podendo revestir-se de sentidos bem diversos;
por exemplo, é certo que toda metafísica própria ao discurso histórico-transcendental do dezenove, que ainda campeia grandes latifúndios depois de dois séculos, a qual nos ocorreu caracterizar como o mais reacionário e votado ao passado dos pensamentos, se justifica numa idéia de futuro;
um futuro forjado à imagem do passado, uma forma própria de manipular o discurso;

quando falo igualmente de uma filosofia do futuro, e mesmo de uma antropologia comprometida com o futuro daqueles que escreve, isso não significa numa abolição do passado e sim do passado enquanto modelo epistêmico, enquanto forma de pensar;
refiro-me ao futuro enquanto matriz de pensamento, que reconfigure a imagem de passado, de história construída pela tradição metafísica;o compromisso com o passado é claro nessa filosofia que constitui seu método em grande parte sobre a genealogia de valores e a análise de discursos;



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