17 novembro 2007

sentidos em si
num sistema de oposições na há sentido em si, ou melhor, que seja projetado de um plano de transcendência;
o sentido é imanente ao sistema de signos que se contrapõem para possibilitar a constituição do sentido;
desvincula-se assim uma determinação entre o sentido e aquilo que é tomado como seu referente;
a relação de representação é problematizada e a esfera de sentido passa a ser considerada como instância criadora de sentido e realidade;
essa é a contribuição da lingüística;
as coisas não se configuram então a partir de uma identidade consigo mesmas, a partir de uma essência;
elas passam a dividir sentidos, seus sentidos não se dão por distinção, os sentidos são como fios que interpenetram diversos sentidos e não blocos indivisíveis;
a palavra terra/céu está associada a outras palavras num campo semântico;
ela não faz sentido fora desse campo semântico;
esse campo semântico opera intensivamente;
portanto, o sentido ou a definição de algo não se dá de forma descritiva, extensivamente;
há uma dobra no plano do sentido, no plano de imanência;
não sei algo por sua relação consigo mesmo, absolutamente, fora de um campo de valores determinado por seus campos de força e sistema gravitacional;
o estruturalismo rompe essa forma descritivista que absolutiza, etnocentricamente, um campo de valores;
ele se constitui no momento da problematização desses universos de valores, do projeto ocidental de civilizar o mundo;
descrição e representação sustentam um universo de valores enquanto instância transcendente;
a idéia de natureza se sustenta não só como instância transcendente, ela sustenta um regime de signos;
em lugar de descrição e representação, uma forma de pensamento como prática de liberdade, como constituição de valores, como devir (relativizando o natural);


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