19 novembro 2007


o modelo da consciência tem sido nosso ponto de concentração por ele formatar desde o paradigma da ação política ao das práticas de conhecimento;
o valor que se atribui em nosso mundo à consciência é tomado como que inconscientemente pelo outro;
inconscientemente por que esse outro geralmente imerge nos valores ocidentais e embarca na lógica da falta, deixando com isso de praticar o rico exercício de simetrização, ou seja, de ir buscar na sua cultura cada equivalente ao apreendido na cultura hegemônica;
à tendência ao absoluto da cultura ocidental, cujos valores estão ordenados para ofuscar outras formas das mesmas instituições, consiste no próprio aparelho de captura;
esse aparelho de captura retira o instrumento mais rico que é o limiar no qual o pensamento antropológico selvagem se coloca, limiar no qual ele está todo o tempo comparando, relacionando, diferenciando as culturas;
vejo que o que há de mais rico em minha experiência com os ashaninka consiste em sua antropologia;
sua forma de compreender o pensamento e lidar com o valores dos povos que os envolvem é admirável;
o unidimensional possui diversos instrumentos tais como a escola, a religião e, entre outros, um que deparo agora, a administração;
em todos eles a objetividade exacerbada serve aos valores específicos de nosso regime;
sempre essa objetividade operando com essa instância transcendente, essa natureza fechada e acabada com a qual a mente pode lidar na forma determinada pela razão;

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