28 novembro 2007

o modelo da consciência está assentado na concepção representacionista, que propõe um concepção de linguagem nominalista, pressupondo um mundo pré-existente e pré-significado, ou seja, pré-valorado;
esse mundo pré-definido será recoberto pelo sentido da linguagem, seria a condição da linguagem sendo a condição do próprio sentido;
a idéia de uma arbitrariedade dos signos conduz à problematização de tal concepção, visto que já lida com a dinâmica de uma produção do sentido;
o sentido aqui não emana das coisas, não há relação de motivação entre palavras e coisas;
nessa concepção da linguagem os valores são subtraídos, constituindo-se a linguagem como campo harmônico da integração humana com a natureza;
dessa imagem da linguagem descende uma imagem da ciência como tradutora do livro da natureza;
segundo essa imagem da ciência a linguagem permite decifrar a ordem da natureza, possibilita sua descrição;
essa imagem do conhecimento ainda hoje compõe o imaginário de grande porção de nossos professores de ciências;
a idéia de decifrar verdades do universo natural via processo investigativo guarda inclusive empatia com os procedimentos metodológicos herdados da tradição investigativa que remonta aos antigos tribunais inquisitórios, nascedouro da ciência moderna;

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