03 novembro 2007

essa subjetivação encontra agenciamentos de enunciação próprios em sua ritualidade, cuja característica que vimos marcando é a de uma dinâmica dos devires em contraste com o regime de signos da representação;
nessa ritualidade, analisamos sua atualização nos regimes enunciativos dos cantos, que operam com o perspectivismo ou o agenciamento de perspectivas outras como animais ou demoníacas, ou mesmo no caráter extático da dança coordenada ao canto, ou ainda no uso do tabaco coordenado a ambos; todo esse instrumental enunciativo caracteriza, coordenado a outras práticas como a mitologia, o paradigma operativo do xamanismo; esse modelo operativo do xamanismo, denominado de perspectivismo, coordena epistemologia e psicologia, num contraponto à objetividade e à subjetividade ocidentais; a noção de família reduzimos a noção de família ao núcleo familiar, ao triângulo edípico, à noção de descendência; a família cósmica, a sociocosmologia indígena, seria o corpo-sem-órgãos dos relacionamentos, a distinção intensiva e não extensiva; fazemos, com o uso extensivo da família um recorte que tem outros desdobramentos; o nomadismo mantém discreto o recorte em torno do núcleo, a sedentariedade se concentra sobre o núcleo e a descendência, chegando por vezes a dissipá-lo, tamanha pressão que exerce mesmo nesse núcleo; a família indígena se estende para a aliança interespecífica com o não-humano; não é indistinta essa aliança, a inimizade é uma forma de aliança;

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