05 novembro 2007

conscientia
saltaremos então para a ética iluminista e seu otimismo pedagógico da cura pela razão;
passamos por kant e o imperativo categórico, sua tentativa de libertar o homem pelo desejo do bem racionalizado ou pela racionalização do desejo do bem, insistindo em colocar os valores como fim e não investigando seu sentido como a priori, ou mesmo como pressuposto;
de kant a hegel e ao problema das vontades: vontade subjetiva e vontade objetiva, um primeiro esboço de inconsciente (um dos nomes do desejo a partir dos valores da consciência) coletivo;
hegel deslocou o problema equivocadamente perseguido por décadas da doutrinação a vontade individua através da consciência, para o problema de vontades coletivas, de nações inteiras (pois era uma preocupação de sua época, como educar nações, como formar nações e educa-las);
a imagem do homem como consciência individual se deforma e transforma;
a cultura e a história se constituem como ciências com funções específicas nessa nova imagem do homem;
a história mostrava que os tempos se transformam e essa arma na mão do estado forneceu o método para as demais técnicas de controle social;
o que se combate a partir de agora não é mais apenas a vontade subjetiva e individua que a igreja cuidara tão bem;
os aparelhos de captura e controle social como a saúde ou a educação surgirão para conduzir coletivos, daí a idéia de sociedade como massa homogênea de pessoas de mesma cultura;
de fato, toda uma revolução no mercado do pensamento ou na apropriação do pensamento como aparelho de estado a partir de hegel;
a partir de hegel os valores passam (agora teoricamente) a mais imprtante instituição do estado;
toda a educação pode ser pensada a partir daí de uma forma muito diversa daquela positivista que toma o iluminismo como marco inicial;
daí certamente a revelação em negativo que foucault fará da modernidade para se articular no âmbito dos (e dar a entender seus dispositivos) aparelhos de controle social;

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