30 outubro 2007


semente, árvore, folha, flor... nosso povo conhece isso e também o espírito das árvores; é dessa forma que sabemos respeitar a floresta; para nosso povo todo mundo é doutor e todo mundo é mestre; porque você sozinho não sabe de nada; mas, juntos sabemos tudo;
moisés

saberes da floresta
essa conexão intensiva com o corpo-sem-órgãos da natureza, pelo/o qual nos conecta com as demais dimensões da natureza, se dá por meio do saber que consiste na perspectiva, na forma de ver de cada espécie, que cada espécie divide e que pode ser emprestado de uma espécie para outro pela xamanilidade presente em certos indivíduos de cada espécie;
o saber aqui, portanto, possui um outro estatuto que o da nossa ciência das extensividades;

pode-se escavar resquícios do nomadismo ashaninka em seu pensamento, sua forma de conceber e atualizar o conhecimento;
o nomadismo consiste numa das características centrais de resistência aos aparelhos de estado, reprodutores de sedentariedade por definição;
portanto, o nomadismo será enfocado na busca da dimensão de máquina de guerra das instituições ashaninka em geral e, especificamente, do conhecimento;
essa indistinção, típica do conhecimento (intrinsecamente coordenado à socialidade) entre os ashaninka, caracteriza sua metodologia de trabalhar o conhecimento e o manejo num horizonte que não se circunscreve à aldeia;
a família e o grupo, o coletivo, não são pensados na forma de nossas unidades extensivas e sim a partir do caráter movente dessa zona limiar de indiscernibilidade;




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