17 outubro 2007

aprendemos com clastres que não se fala de máquinas de guerra sem constituí-las;
referir-se às máquinas de guerra sem que num mesmo ato se as construa;
essa dimensão das máquinas de guerra consiste em sua natureza que articula experiência estética, pensamento, política;
essa dinâmica de tais máquinas define seus corpos-sem-órgãos que suspendem nossos automatismos racionalizantes, organicistas, formalistas, ordenadores;

a antropologia, enquanto aparelho de estado estratégico a operar nas zonas de indiscernibilidade da civilidade definiu uma forma específica de máquinas de guerra;
essa máquina de guerra se constitui como máquina abstrata: articula-se em discurso verbal e discurso ritual da corporalidade ou biopoder;
a antropologia como máquina de humanizar descobre seu poder e se volta para dentro da ordem ocidental;
a genealogia desconstrói esse moralismo civilizatório que remonta à psicologia do padre, desconstrói uma filosofia comprometida com a civilização e sua consciência;
essa aparelho engolidor de diversidade e cagador de homogeneidade;
a antropologia prestes a se esgotar com o fim da diversidade e o mercado global, com a onipresença do estado e da civilização se dobra nas máquinas de guerra e passa a constituir aberturas, resistências, barricadas;

Marcadores:


Visitor Map
Create your own visitor map!