23 setembro 2007


s1ngularizações

mercado de subjetividades

cada vez mais vemos proliferar no capitalismo global recursos que estravazam os rigores da ciência para ganhar as práticas de controle social;
diante do preciosismo da academia que se torna cada vez menos eficiente em termos de propostas práticas para a operação com subjetividades, relegando-as ao terceiro setor (a extensão...), nos vemos diante de técnicas arcaicas para a padronização de categorias mais arcaicas ainda;
um mercado global se desdobra numa sociedade global, e por sua vez numa (forma de) mentalidade global;
as práticas de controle social, que têm a função justa de reforçar esse sistema global, são atribuídos os papéís de analisar, conferir, constatar os processos subjetivos, tomados objetivamente e de antemão como identidades pré-formadas ou transcendentais;

o problema dos valores

seu objetivo é classifica-los em a, b, c e assim vai, segundo um critério valorativo que escapa a esses analistas por constitui-los a eles próprios;
ao problema dos critérios valorativos das ciências do controle social foi creditada, por uma corrente iconoclasta, a paternidade da antropologia;
trata-se de um problema que traz à tona toda a problemática epistemológica, novo nome da filosofia, à ciência do século vinte;
parece que era mais fácil fazer o sol girar em torno da terra;
práticas de singularização

guattari chama a atenção para os processos de subjetivação enquanto recursos que conduzem práticas de singularização;
tomando a subjetividade como prática e não como produto ou objeto constatável e classificável todo o aparato metodológico da pesquisa se modifica;
a própria natureza da pesquisa se modifica;

a identidade da ciência

a nossa concepção de identidade - e seus correlatos - é definida em função de nossos campos explicativos pseudo-científicos;
longe de se pautar por práticas subjetivas, a pesquisa teórica se apresenta em seu corpo atrofiado por suas obssesões metodológicas e seus automatismos conceituais;
a postura arrogante da pesquisa acadêmica deve dar lugar aqui a uma outra forma de relação com a alteridade;
inicialmente, reconhece-a como alteridade para poder, então, apropriar-se de seus recursos em seu benefício;

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