17 setembro 2007

eco4logias

o problema epistêmico

esse deslocamento da tradicional identidade para os processos de subjetivação pode parecer simples, mas ele só é possibilitado por, ou melhor, resulta de uma crítica radical da filosofia ocidental ou do regime de verdade dessa matriz epistêmica;
a tradição da filosofia ocidental remete à identidade pelo pensamento do ser, que a caracteriza, e por sua contínua reapropriação, ao longo dessa história, do modelo positivo de explicação do mundo, do homem e da linguagem;
os sistemas de classificação formulam e fornecem o paradigma positivo do pensamento ocidental, cuja função de conhecer, dominar e intensificar poder destaca a ciência como aparelho de estado de primeira ordem;
fornecem igualmente o padrão da subjetividade pelo modelo positivo do ser e das essências, que se opõem às aparências para explicarem a transformação, estranho processo entre o ser e o não-ser que desafia o positivismo original;
a imposição desse modelo positivo se sustenta sobre uma concepção específica da linguagem, em que esta é tomada como modelo de representação das coisas do mundo e dos homens;

o problema epistêmico da subjetividade

essa crítica epistemológica, não poderia ser diferente, vem acompanhada de uma revolução na abordagem da subjetividade ou, simplesmente, consiste em sua abordagem, visto que a subjetividade não era um problema desenvolvido na pesquisa acompanhado da devida crítica dos pressupostos que a sustentavam;
o tema seria antes desenvolvido em termos restritos de identidades e outras substancializações que transformam em objeto os processo de subjetivação;
a proposta, portanto, consiste em praticar essa crítica às formas da subjetividade pressupostas no trato antropológico com a identidade;
essa prática crítica se direciona à apropriação de processos de subjetivação imperceptíveis à concepção teórica e ao modelo metodológico característico da antropologia tradicional;
portanto, é capital a essa abordagem o estudo e apropriação das praxis que conduzem processos de subjetivação;

para apoiar teoricamente essa conversão, propõe-se a articulação com outros grupos que investem em reformulações teóricas e abordagens críticas da antropologia brasileira do século vinte;

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