16 agosto 2007



Danielle Mitterrand, viúva do ex-presidente socialista francês, é fundadora da ONG para a defesa dos direitos humanos France Libertés. Atualmente, apóia cerca de cem projetos em todo o mundo.
Presidente da Fundação desde sua criação, há 20 anos, a veterana ativista tem atuado no Brasil com uma variedade de temas relacionados com os dh.
No Brasil, que perpetua sua sina de fornecedor de produtos primários, é sabido que os direitos humanos se confundem com problemáticas ambientais.
É por aí que Danielle tem se articulado a movimentos ambientalistas em causas que vão desde o lixo até a luta de populações tradicionais pela preservação de áreas visadas pelo grande capital.
Outra preocupação que tem feito parte de sua pauta nos últimos anos são processos de gestão dos recursos hídricos nas diferentes regiões do planeta.


Algumas ações de Danielle Mitterrand

No começo deste ano Danielle esteve no fórum social mundial de Nairobi-Quênia, onde plantou uma das 150 milhões de árvores nativas plantadas até então pelo movimento Cinturão Verde (Greenbelt Movement) organizado pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2004, Wangari Maathai, criadora do movimento em 1977 no Quênia. O objetivo do movimento é a mobilização e a conscientização da comunidade sobre a autodeterminação, a igualdade, a melhoria na segurança alimentar e a conservação da Natureza, através do ato de plantar árvores nativas. Nos seus 30 anos de existência, a organização Greenbelt Movement já formou mais de 6 mil grupos de mulheres, que formaram 600 redes e plantaram 35 milhões de arvores no Quênia.
O movimento dá andamento assim à sua campanha de um bilhão de árvores nativas plantadas.

Desde 2005, junto a outras Ongs, articula junto à ONU/UNESCO a criação, gestão e proteção da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço com uma área de abrangência de mais de três milhões de hectares, em Minas Gerais. O início dela é em Ouro Preto, se estendendo até o Alto Jequitinhonha, na Serra do Itambé. A região é habitada por 642 mil pessoas. Dentro dela, estão 11 unidades de conservação – UCs de proteção integral, entre Parques Nacionais, Estaduais e Reservas Biológicas. Outras 27 UCs de uso sustentável são contabilizadas.
Na RBSE estão biomas ameaçados, o Cerrado, Campos Rupestres e Mata Atlântica. O maciço rochoso que forma a Serra do Espinhaço tem cerca de 1,5 mil km de extensão, com picos de até 2.017 metros. Por isso, paisagens consideradas de grande beleza cênica podem ser encontradas, como cachoeiras, cânions e vales.

Acompanhamento das investigações dos crimes envolvendo os prefeitos Celso Daniel, de Santo André, e António da Costa Santos, o Toninho do Partido dos Trabalhadores (PT), de Campinas.

Denúncia da instalação de grandes minerações na região da Serra do Espinhaço, no Quadrilátero Ferrífero, e da construção de um mineroduto da mineradora MMX, do empresário Eike Batista, ligando a área ao porto de São João da Barra, no Rio de Janeiro. Articulação com outras Ong para evitar tal instalação. Há também suspeitas de que a Vale do Rio Doce e a Bunge - fabricante de fertilizantes e componentes agrícolas - estariam interessados em minerar na Serra. A outra preocupação é instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) pelo Global Bank. As centrais forneceriam energia para os outros empreendimentos.

Apóia o projeto dos catadores de papel da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável de Belo Horizonte (Asmare).

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