10 agosto 2007


o positivismo pressupõe a harmonia entre linguagem, plano simbólico e uma realidade transcendente que se desdobra idealmente;
a princípio representacional pressuposto no positivismo relaciona palavras e coisas em dois planos que interagem harmonicamente, em que as palavras explicam as coisas, encontram e se encaixam na “realidade” as coisas;

inicialmente o que a antropologia coloca em questão é uma série de pressupostos epistemológicos que estão pressupostos na metodologia das ciências sociais em sua concepção de história;
seja a sociologia positivista ou a marxista operam com a história como modelo metodológico;
ambas guardam características do idealismo que estão impregnadas nessa história;
nietzsche propõe a desmontagem desses pressupostos com uma genealogia da moral;
não só problematizar a história, mas problematizar a própria metafísica que sustenta a história e todo o modelo de produção de conhecimento que a toma por modelo;

ao enfocar os regimes sígnicos, os códigos simbólicos, o estruturalismo propõe a concentração sobre o sentido: seu funcionamento, seus pressupostos, a definição de seus campos, etc;
é assim que o estruturalismo pode ser definido por essa correlação de regimes de sentido;

daí a importância da genealogia nesse contexto, visto que ela vai operar com campos de sentido, com seus pressupostos;

interessa aqui a comparação entre a operação positivista desses regimes de sentido e a crítica que começa a ser proposta com a genealogia dos valores;
para o positivismo o conhecimento se dá como identidade de regimes, a explicação funciona como uma “descrição da realidade” pressupondo um campo de valores universal e um conhecimento absoluto;
enquanto o positivismo propõe a identidade, a harmonia entre conhecimento e mundo a ser conhecido, a genealogia coloca o conhecimento sob a marca da violência;
contraposta a essa harmonia entre sujeito e objeto que caracteriza o universalismo, a objetividade absolutizante desse pensamento como sua marca política, a genealogia vai problematizar a relação sujeito/objeto relativizando-a no interior da história, problematizando os movimento da história;

daí ao estruturalismo que propõe o estudo dos regimes de sentido, iniciando pela lingüística que cumprirá a função de relativizar uma série de conceitos absolutos da velha gramática, entre eles:
exorcizar definitivamente a motivação na linguagem verbal, replicando em diversos campos o seu caráter de convenção;
desbaratar a hierarquia, criando a concepção de variações lingüísticas;

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