27 julho 2007

arquitetos em trabalho alquímico

o amigo pingo esteve em casa ontem, ficamos conversando e trabalhando a manhã toda, procurando resolver uma série de problemas;

debatemos o modelo de conhecimento ocidental e a forma com que configura um universo homogêneo, no qual as demais culturas são ressignificadas e minadas;

comentamos o caráter positivista de conhecimento, cuja tradição iluminista remete às concepções de conhecimento idealista/racionalista e empirista, buscando levantar características do nosso modelo que forneçam pistas para o reconhecimento de modelos possíveis pensados a partir e para pedagogias da floresta que considerem os valores próprios ao conhecimento de seringueiro, ribeirinhos, extrativistas, povos indígenas em geral;

e também para que esses modelos outros, com sua simples existência, desloquem as referências do monoteísmo típico ao modelo ocidental, visto que a deformação desse modelo se deve, em grande parte, à sua autoreferência;

tangenciamos, assim, as referências místicas, filosóficas, políticas, que se interpenetram no modelo de colonização que submetemos e fomos submetidos;

de foucault, tomamos o caráter anti-positivista de sua teoria política do conhecimento;

de morin, tomamos a crítica, igualmente anti-positivista, ao modelo objetivista, que pressupõe a separação e a neutralidade do sujeito de conhecimento diante do objeto, chamando às diversas possibilidades de integração da epistemologia de complexidade, em contraste com a simplicidade do modelo sujeito x objeto;

com nietzsche chegamos ao contraponto entre positivismo/marxismo e construtivismo, encarando inclusive o conceito de vontade de potência;

a noção de poder redefinida como jogo de forças, como relações de força inerentes ao próprio conhecimento, como relações tecidas no cotidiano, que ganham sentido na micropolítica, podendo deixar o estigma de um poder substantivado, tornado em coisa que se detém;

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