23 fevereiro 2007

o mercado
me pergunto: será que estou fazendo uma apologia do mercado? pode ser que esteja;
no entanto, me respondo que vejo duas formas de apologia: a primeira responde por uma irresponsabilidade epistêmica, por falta de densidade política, por ser, como diziam os antigos uma mera posição ideológica;
falei, falei e não consegui definir essa primeira forma de apologia do mercado, mas o que eu quero dizer é que é a liberal, que está inserida no projeto moderno por não ter pernas (ou cérebro, ou culhões...) para crítica-la;
portanto, é aquela comprometida, epistemicamente sobretudo, com o projeto moderno e seu programa, por estar circunscrita a ele da mesma forma (não, de maneira similar) que o discurso chamado crítico (frankfurt) do marxismo sociológico;

a intenção, de fato, se insere num processo de apropriação política do conhecimento e de uma crítica de nosso modelo de ciência e de saber, para experimentarmos outras disposições de espírito, num exercício crítico das bases afetivas que movem o (nosso) pensamento tradicional;
no caso, tomo o mercado não como um instrumento passivo do capitalismo, visto de fora do processo de produção, naturalmente, como conseqüência da produção;
procuro uma abordagem pragmática, pois nossos problemas (inclusive o dos seringueiros que estão na floresta, que se tornaram, de uma forma um tanto inconsciente, seus opositores) se associam ao mercado (eu ia dizer; dependem do mercado);
sim, dependem ou se associam, ainda que para exercitar esse tour de force que é o boicote (ovo de colombo) de gandhi, numa saída via ideais ascéticos às astúcias inglesas;

enfim, o exercício ao retomar o mercado é retomar princípios de a parte maldita de bataille e do anti-édipo de deleuze-guattari, visando retomar a economia libidinal;
nas próximas;

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