13 fevereiro 2007

a afecção indica muito mais a natureza do corpo afetado do que a natureza do corpo afetanteestá certo que radicalizei alguns posts atrás ao referir-me à concepção bovina de realidade dos comedores de boi, ao referir-me à consciência das massas e sua natureza manipulante;
parece que uma fórmula de spinoza pode encaminhar uma melhor definição daquilo que tentava protestar;
o processo de afecção revela mais a natureza do afetado que do afetante;
e no entanto nossa concepção compassiva tradicional parece centrar fogo e foco no afetante, como se este fosse o responsável pelo processo, eximindo todo um processo que dá sentido à servidão voluntária, por estar apoiado numa concepção de consciência das massas exploradas;
é fundamental atentar para essa natureza do afetado que conduzirá à crítica nietzscheana do ressentido (ressentimento);
essas considerações nos conduzirão para retomar o tema desenvolvido nos últimos dias sobre a noção de utilidade e utilização nos estudos de subjetivação e de constituição de processos de inteligência coletiva (distintos de processos de despotismo ou de domínio via casa grande senzala (confusão público/privado, pessoal/impessoal);

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