23 janeiro 2007

série makakos 5as máquinas de guerra
a guerra é um eixo nas sociedades indígenas e não possui esse valor ambíguo que possui em nossa sociedade, a qual faz uma guerra no front e outra na mídia, em que impinge seus adversários de terroristas, criando para si uma auto-imagem de juiz final;
conceber a guerra em seu valor positivo é um exercício do pensamento trágico;
é também o pensamento trágico que nos encaminha à superação de uma antropologia da compaixão, antropologia de inspiração marxista que identificava os indígenas aos espoliados do sistema capitalista, fazendo-os sofrer do mesmo mal que sofria tal pensamento: seu encerramento nos limites do sistema que o produzia, do sistema que contradizia e criticava;
antropologia trágica assume uma outra forma da política, assumindo o risco da velha pecha dos marxistas: uma antropologia alienada, da forma pela forma etc;
acredita-se, no entanto que a forma é o que há de mais revolucionário, aliás, uma supressão da distinção forma/conteúdo, tomada como efeito da série de duos: natureza/cultura, corpo/alma etc;
a experiência de linguagem passa a constituir-se de certo caráter revolucionário, passa a revestir-se de teor político ao voltar-se contra os modelos ocidentais de que o próprio pensamento político revolucionário teria tomado sem rigor crítico e metodológico;
entende-se por que maio de sessenta e oito foi um marco para os franceses e, quiçá, para o mundo, pois propunha uma forma molecular de fazer política, a sociedade se segmentava, sua face se pulverizava
são os movimentos sociais que no brasil foram recebidos pela tradição histórica do autoritarismo que, no momento tinha a face terrível dos militares;
a experiência política já tinha ganhado expressão diferenciada na arte, as vanguardas levaram a público uma revolução na forma que acaba por querer se dissipar na arte pela arte dos americanos por exemplo;

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