23 janeiro 2007

makakos [2] do conceito de natureza à natureza do conceito

estudamos a imagem que fazemos da natureza em nosso campo epistêmico: a natureza é colocada em nossa epistéme como dimensão extraconceitual, como pressuposto transcendente ao plano de nossas construções conceituais, algo como o conceito mãe ou o conceito dos conceitos;
o autor propõe uma concepção epistêmica que suprima toda dimensão extraconceitual e opere com sua dinâmica própria;
ao suprimir-se o universo extraconceitual e reconhecer nosso sistema de conhecimento em pé de igualdade com outros sistemas simbólicos opera-se, uno actu, a supressão da distinção natureza/cultura e com ela todas as demais;

as implicações políticas dessa atitude possuem desdobramentos a serem explorados;
não somos, a partir daí os donos da verdade, os donos de uma concepção fechada do que seja a natureza;
abrir a realidade, que nos custou tanto fechar tão bem, para outras concepções parece, para muitos (civis e mesmo antropólogos), desses absurdos que só acontecem na ficção, na arte, e não na ciência, que teria um compromisso com a realidade;

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