08 janeiro 2007

discursividades 1
o discurso do antropólogo adquire força a partir de que deixa de ser um discurso individual de um cientista que descreve uma cultura e passa a ser um discurso de uma cultura sobre outra, a partir da hora que o antropólogo deixa uma pretensa objetividade individual e particular de seu discurso, a qual pretenderia absolver com isso sua cultura, e passa a utilizar sua cultura como observatório, dando dimensão política a seu discurso e assumindo a antropologia como máquina de conquista ou máquina de guerra;
esse processo, num primeiro momento, é utilizado ainda visando sustentar o discurso etnocêntrico, pois se move no contexto politicamente comprometido [ou seja, não-problematizado] do positivismo e da objetivação do outro [lê-se: coisificação do outro];
sua estratégia é similar a do discurso religioso; tanto quanto ele, embasa-se na noção de verdade e nos valores pressupostos que a sustentam;

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