14 janeiro 2007


designers do pensamento, para não os prendermos na metáfora do arquiteto, é o que se tem em mil platôs;
uma reflexão que se dá num plano que ficamos buscando, que é preciso construir para si, tal como ou propriamente o corposemórgãos;
afinal, construo-me como organismo, portanto, posso desconstruir-me como corposemórgãos;
o velho eu sou da consciência é arrebatado pela velocidade com que se chega aos devires, quando se percebe que não se precisa referir ao devir para devir, devem e devem-se concomitantemente;
a atualizadíssima concepção de consciência como obra da natureza, como criação divina, como fiat lux de uma consciência superior, encontra-se atravessada ou circunscrita por zonas de desconexão, de desligamento, de desorganização, de morte, de recolhimento, que possuem ou adquirem a partir de lá, valor negativo;
uma concepção humana do humano, tal como a genealógica de nietzsche, nos fornece a problemática matricial da dicotomia básica entre natureza e cultura;
sua consciência como produto não só da humanidade, como da dor, das experiências mais marginalizadas no contexto cultural do homem ocidental médio, consiste numa ruptura com princípios pressupostos à tradição de nosso pensamento que precisou conceber o sujeito como resultado de uma consciência de natureza metafísica, contraponto do corpo como manancial de instintos animais inferiores próprios da natureza;
a alma como obra divina e produto naturalmente concebido parece um paradoxo para a oposição natureza/cultura, ao menos até se possibilitar uma sobrenatureza sobrehumana;
tudo isso para se poder localizar o ponto de onde os designers de mil platôs estão situados para nos circunscrever a gênese constitutiva, ponto da ruptura entre natureza/cultura, unidade/multiplicidade;

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