14 janeiro 2007

descrição e/ou miração

o que será contraposto ao nosso modelo de produção de conhecimento serão modelos de conhecimento virtuais, que ganharão sentido a partir do contraponto;
quem descreve seu interlocutor – assobia – não pode – chupar cana – construir esse sistema virtual de criação de saber próprio do interlocutor, com que o interlocutor pode problematizar nosso modelo, estabelecendo um diálogo epistêmico, ainda que virtual;
essa é a importância de deslocar o debate antropológico para a cena epistêmica dos conflitos de sistemas de saber, onde inclusive a disciplina se define, já que no âmbito de nosso sistema de valor ocidental, já se estabelece por princípio uma reação de objetividade e que o outro é colocado no plano do objeto, enfim, não se situa como sujeito do debate, restringindo-se a objeto de operações descritivas e intelectuais;
colocar a problemática discursiva, incluindo o enunciado, é questionar os critérios na definição de subjetividade, de sujeito, de locutor dentro desse campo, na posição de seus pressuposto, em seu deslocamento;
por isso a eficácia de contrapor, ainda que simplificadamente, tais dois modelos já incansavelmente exibidos: de um lado o descritivismo de nossa representação metafísica e de outro o subjetivismo da cosmologia imanente do xamanismo;


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