04 janeiro 2007



...escrever é talvez trazer à luz esse agenciamento do inconsciente, selecionar as vozes sussurrantes, convocar as tribos e os idiomas secretos, de onde extraio algo que denomino eu [moi]; eu [je] é uma palavra de ordem;
mil platôs2

o ovo 3
apreender o funcionamento da máquina, das máquinas suas engrenagens;
a máquina não é exterior, aliás, só tem exterioridade, já que minha própria interioridade (consciência) é uma função dessa grande máquina;
as vezes, parece que cultuamos nossas próprias cadeias, nossos próprios grilhões se tornam objetos de culto a partir do momento em que os assumimos, nos identificamos neles com toda a força da intimidade;
assim ocorre com o eu, essa palavra de ordem, esse dispositivo lingüístico ao qual associamos uma noção sublimada de alma que nos restringe, nós seres humanos diante de um mundo desalmado, incomunicável;
portanto, sou eu o laboratório em que se pode experienciar a máquina de fazer gente, de fabricar consciências;


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