22 dezembro 2006

pessoa1
hoje foi dia de fazer antropologia da antropologia, de lançar um olhar antropológico – olhar indígena ou brasileiro – sobre ingleses e franceses;
tomou-se como tarefa distinguir, via dimensão política, o que de fine a especificidade do estruturalismo inglês e do estruturalismo francês;
cá estamos nós novamente entre franceses e ingleses – lembre-se de a verdade e as formas jurídicas, quando percebemos a natureza dessa oposição;
o que é interessante é que em determinado momento de a construção da pessoa nas sociedades indígenas, texto programático na antropologia brasileira, elaborado por seeger, da mata e viveiros de castro em 79, num exercício de antropologia da antropologia, os dois grupos parecem dividir-se numa sociedade dualista;
bem, para essa tarefa que nos estabelecemos, de definir a especificidade de cada um desses dois referenciais teóricos da antropologia, que são o estruturalismo inglês e o francês, definiu-se que tal distinção epistêmica/epistemológica tem pode se situar no âmbito metodológico: enquanto o procedimento indutivo comanda o empirismo característico do estruturalismo inglês, é a combinação indutivo/dedutivo do construtivismo que caracterizará a antropologia francesa;
situar na baliza metodológica do construtivismo a ruptura com o empirismo positivista dos ingleses, conduz a, inclusive, incluir mauss como um precursor avant la lettre do estruturalismo;
essa ruptura com a abordagem positivista do empirismo inglês se define desde o início da obra de lévi-strauss, em textos como etnologia e história de forma teórica, e o feiticeiro e sua magia, de forma mais metodológica, quando o construtivismo é trazido ao centro da apropriação etnográfica e da composição textual;
outro e mesmo problema apropriado no debate desta noite se refere à natureza política do material abordado: a articulação corpo/pessoa na construção de uma etnologia brasileira;

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